O Público dá hoje conta do número de nomeações que se verificam no Governo Central ao longo das legislaturas. Dado o seu carácter absoluto, tal número concede-nos uma ideia muito pouco precisa sobre a adequabilidade ou não da tanta nomeação. Podemos dar isto de barato.
Mas o que parece indiscutível é que os números absolutos apresentados conseguem ser elucidativos sobre a capacidade de distribuição de recursos por parte de quem ocupa o poder. No fundo, a capacidade de empregar os mais aptos, os mais amigos, os mais fieis e todo o poder que daí advém.
Olhando para estes números, que representam apenas a componente de nomeação (ou seja, uma das componentes mais visíveis na distribuição de recursos) percebemos bem o quanto está em causa em cada eleição para os partidos do arco da governação (PS, PSD e também CDS). Percebemos também o quanto o exercício do poder é apaziguador para as máquinas partidárias e o quanto é dificil o surgimento de oposições internas durante o referido período.
No fundo, nos partidos políticos a realidade obriga a uma adaptação do conhecido ditado popular: “em casa onde há muito pão, ninguém ralha e o chefe tem sempre razão.”
2 comentários:
Mais nada!
Copiei essa excelente explicação para o Candilhes e no nosso Sabe bem ter vizinhos destes. Espero que não fique muito chateado.
Um abraço.
Chateado? Eu é que agradeço tão nobre destaque num espaço da vizinhança que tanto aprecio. Abraço
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