terça-feira, 11 de março de 2008

Sócrates e a Determinação q.b.

Os mais convictos da determinação governamental garantem que nada se alterará com as manifestações de descontentamento dos últimos meses. Mas o discurso de Sócrates não engana. Determinação sim, mas com moderação.

Inúmeros serão certamente os exemplos que se encontrarão nos próximos dias. Sócrates e o seu executivo podem mostrar-se determinados, mas não conseguirão contornar o “xeque” que o eleitorado lhes tem imposto nos últimos meses. Os próximos tempos terão de ser necessariamente de alguma conciliação.

“Um Governo determinado q.b.”. Será certamente esta a ideia que o executivo tentará passar. Não desarmando nos objectivos conseguidos de redução do défice, mas atenuando tal discurso com a assunção da dureza dos últimos três anos e abrindo portas para alguns “doces” nos próximos tempos (redução de impostos, p.ex.).

O problema é que este cenário já se advinhava há dois meses. No entanto, contra tudo e contra todos, persistiu-se desmesuradamente na determinação. De qualquer modo, sob pena da maioria absoluta se revelar desde já um patamar inatingível em 2009, não creio que existam agora muitos outros caminhos disponíveis.

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