A política premeia o mediatismo em prejuízo da discrição. Premeia o euforismo em prejuízo da sobriedade. As referidas máximas aplicam-se agora na perfeição à mudança de ciclo no CDS.
Paulo Portas parece estar de volta à ribalta, deixando para trás o pouco mediático Ribeiro e Castro. Depois de um processo que começou com contornes de um verdadeiro golpe interno no âmbito do Conselho Nacional de Março, as directas do partido trouxeram de volta o “velho” líder.
Fico com a nítida sensação que o populismo adquire uma verdadeira vitória perante a sobriedade e seriedade. Independentemente de outros motivos que justificam a subida de Portas, constatamos mais uma vez que na política mediática actual, não há espaço para encontros e discussões com os militantes, reactivação das bases de apoio, consolidação programática e ideológica. Mais importante do que tudo isso, importa aparecer, fazer barulho, conquistar espaço na agenda seja a que custo for. Uma realidade que o senso comum já conseguiu identificar há muito, fruto do mediatismo do debate político dos nossos tempos.
E por falar em sobriedade, seriedade e descrição, por quanto tempo mais conseguirá Marques Mendes resistir aos seus rivais internos? Os adversários atacarão a sério apenas quando o actual Governo começar a vacilar?
Paulo Portas parece estar de volta à ribalta, deixando para trás o pouco mediático Ribeiro e Castro. Depois de um processo que começou com contornes de um verdadeiro golpe interno no âmbito do Conselho Nacional de Março, as directas do partido trouxeram de volta o “velho” líder.
Fico com a nítida sensação que o populismo adquire uma verdadeira vitória perante a sobriedade e seriedade. Independentemente de outros motivos que justificam a subida de Portas, constatamos mais uma vez que na política mediática actual, não há espaço para encontros e discussões com os militantes, reactivação das bases de apoio, consolidação programática e ideológica. Mais importante do que tudo isso, importa aparecer, fazer barulho, conquistar espaço na agenda seja a que custo for. Uma realidade que o senso comum já conseguiu identificar há muito, fruto do mediatismo do debate político dos nossos tempos.
E por falar em sobriedade, seriedade e descrição, por quanto tempo mais conseguirá Marques Mendes resistir aos seus rivais internos? Os adversários atacarão a sério apenas quando o actual Governo começar a vacilar?
1 comentário:
Portas começou por tirar do caminho Manuel Monteiro, a sua criatura, até que chegou ao Governo, onde esteve com Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, entre 2002 e 2005. Foi ministro de Estado, da Defesa e daquela "coisa um pouco vaga" que é o Mar, para usar uma definição do próprio Paulo Portas... Em 2005, o "furacão" José Sócrates deixou o CDS/PP abaixo dos 10 por cento e Portas foi à sua vida. Foi, não, disse que ia. Mas nunca foi. Andou sempre por aí. Até arrumar com José Ribeiro e Castro. Sócrates que se cuide...
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