Depois de uma entrevista que conseguiu acalmar alguns ânimos, as dúvidas teimam em multiplicar-se. Da pressão política a jornalistas, à discrepância de certificados, o presente caso está a levar a um desgaste muito significativo da imagem de Sócrates.
Na tão esperada entrevista da passada quarta-feira, Sócrates finalmente dispôs-se a responder às diversas dúvidas colocadas sobre o seu currículo académico. Esteve longe de esclarecer todas as questões que sobre ele recaíam. No entanto, e de um modo geral, conseguiu defender-se bem.
Creio que também fiquei, por momentos, com a sensação que a montanha pariu um rato. No entanto, logo na quinta-feira, a confirmação das pressões políticas de que foram alvo o Público e a Rádio Renascença vieram acrescentar “alguma” gravidade ao caso. Por outro lado, confirmam-se as discrepâncias de notas entre o certificado do dossier de aluno e um certificado na posse da Câmara Municipal da Covilhã.
Por seu turno, a manchete de hoje do Expresso parece vir acrescentar uma nova polémica. Pelo que pude perceber, Luís Arouca, que em 1995 respondeu a uma carta de José Sócrates dirigida ao reitor da UnI solicitando a entrada na universidade, e que aprovou o seu plano de estudos, não era o reitor de então.
Como consequência de tudo isto, a imagem de Sócrates começa a sofrer um desgaste muito significativo. Se não perante a opinião pública em geral, com certeza perante os líderes de opinião (elites políticas, cronistas de jornais, etc). Tal não é menos grave, podendo originar a médio prazo as mesmas consequências.
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