No momento do desaparecimento do primeiro presidente da Rússia pós-soviética, importa aprender com as suas conquistas, mas também com os seus erros.
Boris Ieltsin será sempre recordado como o primeiro presidente da nova Rússia, o homem que deu o golpe final na Perestroika e procurou trazer o gigante de leste para a democracia e para a economia do mercado. Ieltsin afirma-se como um dos principais vultos do “final histórico” do século XX, colocando um ponto final no “sonho soviético”.
Num momento de adeus a Ieltsin, importa sem dúvida elogiar as suas conquistas, mas importa também que os seus erros não sejam esquecidos. Enquanto principal protagonista da transição para a democracia na Rússia, importa também não esquecer todos os erros apontados hoje ao modelo de transição seguido. A um Estado com uma economia então ainda altamente centralizada, seguiu-se um choque bruto rumo à economia de mercado, com todas as graves consequências que tal facto acarretou. Destaca-se, a título apenas exemplificativo, uma descida sem paralelo dos níveis de vida da população e a criação de máfias que substituíram e desafiam ainda hoje o Estado em diversas zonas do país.
No fundo, a ânsia democrática de Ielsin levou-o a destruir precocemente as estruturas de controlo e regulação do Estado sobre a sociedade, criando um cenário onde a ausência de poder colocou imediatamente em causa os objectivos democráticos iniciais. O modelo brusco de transição adoptado resultou, em 1999, na eleição de Vladimir Putin e na imposição de uma democracia musculada, ainda hoje muito longe da verdadeira consolidação.
No momento do desaparecimento de uma tão importante figura histórica como Ieltsin, importa resistir às hagiografias, aprendendo com as suas conquistas, mas também com os seus erros.
Boris Ieltsin será sempre recordado como o primeiro presidente da nova Rússia, o homem que deu o golpe final na Perestroika e procurou trazer o gigante de leste para a democracia e para a economia do mercado. Ieltsin afirma-se como um dos principais vultos do “final histórico” do século XX, colocando um ponto final no “sonho soviético”.
Num momento de adeus a Ieltsin, importa sem dúvida elogiar as suas conquistas, mas importa também que os seus erros não sejam esquecidos. Enquanto principal protagonista da transição para a democracia na Rússia, importa também não esquecer todos os erros apontados hoje ao modelo de transição seguido. A um Estado com uma economia então ainda altamente centralizada, seguiu-se um choque bruto rumo à economia de mercado, com todas as graves consequências que tal facto acarretou. Destaca-se, a título apenas exemplificativo, uma descida sem paralelo dos níveis de vida da população e a criação de máfias que substituíram e desafiam ainda hoje o Estado em diversas zonas do país.
No fundo, a ânsia democrática de Ielsin levou-o a destruir precocemente as estruturas de controlo e regulação do Estado sobre a sociedade, criando um cenário onde a ausência de poder colocou imediatamente em causa os objectivos democráticos iniciais. O modelo brusco de transição adoptado resultou, em 1999, na eleição de Vladimir Putin e na imposição de uma democracia musculada, ainda hoje muito longe da verdadeira consolidação.
No momento do desaparecimento de uma tão importante figura histórica como Ieltsin, importa resistir às hagiografias, aprendendo com as suas conquistas, mas também com os seus erros.
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