A propósito dos incidentes em Santa Maria da Feira, o presidente do Conselho Superior de Magistratura sublinhou a existência de julgamentos de risco na província… Na “província”??? Estranhamente ou não, este conceito de província teima em não desaparecer do vocabulário alfacinha.
A utilização que é feita do termo província atribui-lhe um carácter pejorativo. Envolve-o num imaginário paternalista da capital sobre o resto do país, a província rural, atrasada, mas genuína, e muito amada por isso mesmo. Uma espécie de local onde o desenvolvimento custa a chegar, mas onde é bonito ir de vez em quando e contactar com os povos nativos que lá vivem.
Estranhamente ou não, este conceito teima em não desaparecer. Continua a povoar o imaginário de muitos alfacinhas. É utilizado não só pela dita populaça, mas também pelas elites: da esquerda à direita, da academia ao mundo dos negócios. Certamente por eu ser provinciano (vulgo não-alfacinha), o termo província provoca-me uma tremenda comichão. Serei o único?
A utilização que é feita do termo província atribui-lhe um carácter pejorativo. Envolve-o num imaginário paternalista da capital sobre o resto do país, a província rural, atrasada, mas genuína, e muito amada por isso mesmo. Uma espécie de local onde o desenvolvimento custa a chegar, mas onde é bonito ir de vez em quando e contactar com os povos nativos que lá vivem.
Estranhamente ou não, este conceito teima em não desaparecer. Continua a povoar o imaginário de muitos alfacinhas. É utilizado não só pela dita populaça, mas também pelas elites: da esquerda à direita, da academia ao mundo dos negócios. Certamente por eu ser provinciano (vulgo não-alfacinha), o termo província provoca-me uma tremenda comichão. Serei o único?
2 comentários:
Não és o único. Isso de conversa da província é próprio de quem nunca saiu de Lisboa, como a marioria de Americanos fala de "resto do mundo" porque nunca saiu dos EUA.
Depois admiram-se que os "provincianos" lhes queiram fazer a folha...
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