A propósito de um leilão de várias cartas de Marcello Caetano quando estava exilado no Brasil, o DN faz hoje algumas transcrições no mínimo incómodas para Freitas do Amaral.
.
.
“O Diogo era devoto de Salazar, amigo do presidente Tomás, de quem um tio era ajudante, ao ponto de ir preparar os seus exames para o Palácio de Belém! A revolução dos cravos foi sobretudo a derrocada do carácter dos portugueses. Que homem!"
.“…as atitudes do meu antigo discípulo - assistente Diogo do Amaral - na política e em relação a mim foram um dos maiores desgostos que neste período sofri."
.“…a reacção do CDS, presidido por um filho de um antigo secretário de Salazar que este beneficiou largamente.”
.“No ano passado estive muito mal de saúde com o desgosto que me deu o sr. Diogo do Amaral.”
.Como parece evidente, são frases de quem se sentiu bastante incomodado com Freitas. Valem o que valem. Mas não conseguem deixar de trazer à tona uma ideia já bastante batida: com o 25 de Abril, os salazaristas desapareceram de súbito. De repente, todos os portugueses e suas elites eram convictamente democratas…
1 comentário:
V. deve ser muito novo.
Se tivesse 20 anos aquando do 25 de Abril já sabia isso há muito.
Quanto a Freitas é mesmo assim, exceptuando o ressabiamento de Marcello, o que é compreensivel.
Enviar um comentário