quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Freitas, o “devoto de Salazar”

A propósito de um leilão de várias cartas de Marcello Caetano quando estava exilado no Brasil, o DN faz hoje algumas transcrições no mínimo incómodas para Freitas do Amaral.
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“O Diogo era devoto de Salazar, amigo do presidente Tomás, de quem um tio era ajudante, ao ponto de ir preparar os seus exames para o Palácio de Belém! A revolução dos cravos foi sobretudo a derrocada do carácter dos portugueses. Que homem!"
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“…as atitudes do meu antigo discípulo - assistente Diogo do Amaral - na política e em relação a mim foram um dos maiores desgostos que neste período sofri."
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“…a reacção do CDS, presidido por um filho de um antigo secretário de Salazar que este beneficiou largamente.”
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“No ano passado estive muito mal de saúde com o desgosto que me deu o sr. Diogo do Amaral.”
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Como parece evidente, são frases de quem se sentiu bastante incomodado com Freitas. Valem o que valem. Mas não conseguem deixar de trazer à tona uma ideia já bastante batida: com o 25 de Abril, os salazaristas desapareceram de súbito. De repente, todos os portugueses e suas elites eram convictamente democratas…

1 comentário:

aviador disse...

V. deve ser muito novo.
Se tivesse 20 anos aquando do 25 de Abril já sabia isso há muito.

Quanto a Freitas é mesmo assim, exceptuando o ressabiamento de Marcello, o que é compreensivel.