segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Descrédito Total da Autoridade da Concorrência

Em resposta à falta de actuação da Autoridade da Concorrência, o Automóvel Clube de Portugal (ACP) divulgou hoje um estudo onde apontam-se diversas medidas para fomentar a concorrência no mercado dos combustíveis.

O referido estudo sugere “a separação das actividades da produção e importação, da armazenagem, do transporte e da distribuição, para aumentar a concorrência.” A Associação das Empresas Petrolíferas (APETRO) já veio criticar as medidas propostas pelo ACP, sublinhando não fazem sentido uma vez que não existe concertação, tal como o demonstrou a Autoridade da Concorrência.
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Independentemente do estudo do ACP merecer ou não grande credibilidade, tal vem revelar o total descrédito em que caiu a Autoridade da Concorrência. Num assunto que tanto afecta os bolsos dos portugueses, a Autoridade não conseguiu encontrar quaisquer respostas. E, sobretudo, não convenceu. Se calhar era tempo do poder político começar a reflectir seriamente sobre o que fazer com uma Autoridade cada vez mais fragilizada e quase sem legitimidade aos olhos da opinião pública.

1 comentário:

Anónimo disse...

Embora não exercendo actividade profissional no ramo dos combustíveis posso confiar na palavra da Entidade Reguladora.
Posso porquê? Porque é quase impossível provar concertação de preços quando ela não existe da forma como à partida poderemos pensar.
Não há mails, telefonemas, fax's ou qualquer outra forma de contacto entre gasolineiras para combinar preços. O que deverá estar a passar-se, à semelhança de negócios de outros ramos, é que quando uma gasolineira sobe o preço dos combustíveis as outras sobem também. Quando uma desce as outras são obrigadas também a baixar.
Para isto não é necessário combinar. Basta ver um noticiário que ficamos a saber como se movimenta a concorrência.
Como é que se consegue provar cartelização?