Em Abrantes, os manifestantes renderam-se à presença do primeiro-ministro. Os assobios transformaram-se rapidamente em pedidos de aperto de mão e beijinhos.
Vários telejornais ontem noticiaram o facto de Sócrates ter tido uma recepção pouco amistosa em Abrantes. Algumas centenas aguardavam a passagem do primeiro-ministro em protesto contra o fecho de alguns serviços do hospital local. E assim foi: quando a comitiva passou, Sócrates foi assobiado e vaiado pelos firmes manifestantes.
No entanto, num gesto considerado inesperado, o primeiro-ministro decidiu enfrentar a multidão que ali se reuniu, explicando que as mudanças previstas em nada os prejudicariam. Foi interessante verificar que, antes mesmo de Sócrates explicar o que quer que seja, os mesmos manifestantes que momentos antes o tinham vaiado, desdobraram-se então em beijinhos e apertos de mãos. Renderam-se assim alegremente à presença do primeiro-ministro. Capitularam perante a “celebridade” que todos os dias vêem nos telejornais. Mais um pouco, e teríamos assistido a pedidos de autógrafos.
O acto de enfrentar a multidão revelou-se uma jogada extremamente inteligente de Sócrates. Independentemente das explicações que proferiu, a sua presença acalmou logo os manifestantes, que vertiginosamente se transformaram em apoiantes. Eis uma inteligente receita política para se passar rapidamente “de besta a bestial”.
Vários telejornais ontem noticiaram o facto de Sócrates ter tido uma recepção pouco amistosa em Abrantes. Algumas centenas aguardavam a passagem do primeiro-ministro em protesto contra o fecho de alguns serviços do hospital local. E assim foi: quando a comitiva passou, Sócrates foi assobiado e vaiado pelos firmes manifestantes.
No entanto, num gesto considerado inesperado, o primeiro-ministro decidiu enfrentar a multidão que ali se reuniu, explicando que as mudanças previstas em nada os prejudicariam. Foi interessante verificar que, antes mesmo de Sócrates explicar o que quer que seja, os mesmos manifestantes que momentos antes o tinham vaiado, desdobraram-se então em beijinhos e apertos de mãos. Renderam-se assim alegremente à presença do primeiro-ministro. Capitularam perante a “celebridade” que todos os dias vêem nos telejornais. Mais um pouco, e teríamos assistido a pedidos de autógrafos.
O acto de enfrentar a multidão revelou-se uma jogada extremamente inteligente de Sócrates. Independentemente das explicações que proferiu, a sua presença acalmou logo os manifestantes, que vertiginosamente se transformaram em apoiantes. Eis uma inteligente receita política para se passar rapidamente “de besta a bestial”.
2 comentários:
O povo tem um coração mole
A imprevisibilidade de Sócrates valeu-lhe a conquista da multidão. O problema desta receita é que não pode ser utilizada muitas vezes. Depende do efeito surpresa. De qualquer modo, concordo: jogada de mestre de Sócrates
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