As recentes notícias parecem ditar grandes dificuldades na aplicação da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). A classe médica pode estar no seu direito. Resta saber como serão salvaguardados os direitos dos cidadãos.
O Público de hoje noticia que no Hospital de Angra do Heroísmo, todos os obstetras invocam objecção de consciência perante a IVGs. Ainda segundo o jornal, em Ponta Delgada o cenário poderá não ser muito diferente. Mas o cenário açoriano não assume, a este respeito, grandes diferenças com o panorama nacional. Por exemplo, no hospital de Santa Maria, o maior do país, cerca de 80% dos médicos já invocaram também objecção de consciência.
Acho que os médicos poderão estar no seu direito. No entanto, tendo em conta que o seu direito põe em causa os direitos de todos os cidadãos, pergunto-me como poderá ser ultrapassado este gravíssimo problema. Entrega-se assim esta área de actividade às clínicas privadas, instituições tão criticadas pelos defensores do “não” no referendo?
Por outro lado, parece que estamos claramente a assistir a uma epidemia de objecções de consciência na classe médica. De repente, uma classe que até nem se manifestou muito na campanha do referendo aparece agora a colocar seriamente em causa a aplicação de uma lei. Esta atitude já é inclusive apelidada por muitos como boicote.
Espero que as objecções invocadas sejam verdadeiramente sinceras, tendo em conta os todos prejuízos que poderão causar aos cidadãos.
O Público de hoje noticia que no Hospital de Angra do Heroísmo, todos os obstetras invocam objecção de consciência perante a IVGs. Ainda segundo o jornal, em Ponta Delgada o cenário poderá não ser muito diferente. Mas o cenário açoriano não assume, a este respeito, grandes diferenças com o panorama nacional. Por exemplo, no hospital de Santa Maria, o maior do país, cerca de 80% dos médicos já invocaram também objecção de consciência.
Acho que os médicos poderão estar no seu direito. No entanto, tendo em conta que o seu direito põe em causa os direitos de todos os cidadãos, pergunto-me como poderá ser ultrapassado este gravíssimo problema. Entrega-se assim esta área de actividade às clínicas privadas, instituições tão criticadas pelos defensores do “não” no referendo?
Por outro lado, parece que estamos claramente a assistir a uma epidemia de objecções de consciência na classe médica. De repente, uma classe que até nem se manifestou muito na campanha do referendo aparece agora a colocar seriamente em causa a aplicação de uma lei. Esta atitude já é inclusive apelidada por muitos como boicote.
Espero que as objecções invocadas sejam verdadeiramente sinceras, tendo em conta os todos prejuízos que poderão causar aos cidadãos.
1 comentário:
É triste que assim seja. De qualquer modo, e relativamente aos Açores, Carlos César já afirmou que o Governo Regional cobriria as deslocações ao Continente dos açorianos sem outra hipótese. Aplaudo esta medida de recurso do Governo Regional.
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