quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cassete Sócrates

Sócrates sai-se sempre bem nas entrevistas. É um bom comunicador, sem dúvida. O problema é que depois do caldo arrefecer um pouco, verifica-se que muito pouco pode ser retirado da sua sopa de palavras. Vejamos os três temas centrais da entrevista.
.
1 – A forma como contornou os recados e contra-recados, falando em nome de Cavaco, foi interessante: “o PR nem se envolve nem se deixa envolver nas lutas eleitorais”; “não sei a quem se refere o Presidente da República. Ao Governo não é”. Comentários para quê?
.
2 - Sobre a crise e a situação económica do país, repetiu à exaustão a necessidade de intervenção social do Estado e a aposta em domínios estratégicos (comunicações, energias e banda larga). De resto, o anúncio da praxe: a maior abrangência do rendimento social de desemprego. Uma boa medida, embora avulsa dada a calamitosa situação do país.
.
3 – Não esteve bem no caso Freeport. Retomou a gravíssima história de 2004, mas que não explica o presente. Voltou a disparar contra a comunicação social e ameaçou processar todos os que o injuriem. A larga maioria dos portugueses não acredita que Sócrates tenha estado envolvido em altos esquemas de corrupção. Mas esta sua atitude passivo-agressiva de defender atacando tudo e todos abona muito pouco a seu favor.

1 comentário:

Tiago R. disse...

Eu penso que é que a maioria dos portugueses tinha dúvidas sobre se Sócrates estava ou não envolvido em esquemas.
Mas a pobreza argumentativa e os buracos nas explicações que deu dissiparam-nas completamente.

JÁ NINGUÉM DUVIDA!