segunda-feira, 6 de abril de 2009

João Miguel Tavares? E Mário Crespo, hein?

Sócrates está a processar João Miguel Tavares, jornalista e colunista no DN, pela crónica escrita a 3 de Março com o título “José Sócrates, o Cristo da Política Portuguesa”. O artigo já é conhecido pela seguinte frase: “Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina.” Ver artigo completo aqui. Algumas considerações sobre este caso:
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1 – O artigo de Rui Tavares no Público, e que está já a ser amplamente citado na Twittosfera, reflecte bem o que achar sobre este acto de Sócrates: “Há valores mais altos do que a ofensa que o primeiro-ministro possa sentir; um deles é o direito de não ter medo de ofender os poderosos.”
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2 – O primeiro-ministro processar João Miguel Tavares é um erro político tremendo. A probabilidade de criar um efeito boomerang é evidente. Neste caso concreto, mesmo quem não concorde ou simpatize particularmente com João Miguel Tavares, acaba por ser solidário com ele, criando-se assim um amplo movimento de solidariedades (nomeadamente jornalísticas) pouco simpático politicamente para Sócrates.
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3 – Um primeiro-ministro processar um jornalista/cronista abre um péssimo precedente. Em defesa da honra e das injúrias contra ele cometidas? A irmos por aí, meio Portugal devia ser processado. Mas não precisamos de ir mais longe: o que está Sócrates à espera para processar Mário Crespo pelo bastante mais “injurioso” artigo “Está bem… Façamos de conta”? É que um processo a Mário Crespo, pivot na TV, conhecido de metade do país e jornalista há décadas, seria muito mais interessante do que processar um “miúdo”, não acha sr. primeiro-ministro?

8 comentários:

Anónimo disse...

Qualquer cidadão português tem o direito de apresentar queixa por difamação e má-fé contra outro cidadão, por isso considero uma atitude louvável e sem medo do nosso PM em relação a jornalistas podres, comprados e com pouca imparcialidade

Anónimo disse...

apoiado Anónimo!
Eu

Anónimo disse...

O primeiro anónimo tem razão: Abaixo a pouca imparcialidade, viva a muita imparcialidade. Viva o Sr. 1º Ministro.
Eu também

Anónimo disse...

Em viagem numa zona rural do país o carro oficial do Sócrates atropela e mata um porco que se tinha atravessado na estrada. Sócrates, depois de contactar um seu conselheiro de imagem, para saber o que haveria de fazer em tal circunstância, chama o chofer do carro e diz-lhe:
«Vais ali àquela quinta onde estão aqueles velhinhos, de onde o porco provavelmente fugiu, e dizes que nós pagamos o dano causado.»
O chofer assim faz: vai ter com os proprietários e fala com eles. Após algumas palavras, estes convidam o chofer a entrar dentro de casa. O chofer demora bastante tempo mas, finalmente, lá aparece; tem o fato amarrotado, a gravata desalinhada e um sorriso de felicidade nos lábios.
Sócrates surpreendido e irritado pergunta-lhe: «Então, porque te demoraste tanto?»
O chofer responde: «Sr. Primeiro-Ministro: fui lá e fiz como me tinha dito; estranhamente, eles ficaram logo muito alegres e quiseram comemorar, abriram uma garrafa de champanhe, ofereceram-me o que de melhor tinham; a filha quando soube, lançou-se nos meus braços, louca, cobrindo-me de beijinhos.»

«Mas o que lhes disseste afinal?» perguntou Sócrates.
O chofer respondeu: «Bem, eu apenas lhes disse que era o chofer do Primeiro-Ministro Sócrates e que tinha acabado de matar o porco...»

José Couto Nogueira disse...

Os anónimos são sabem do que estão a falar, eidentemente. Qualquer cidadão tem o direito de processar outro cidadão por má-fé, é verdade. Porém o Sr. PM não é qualquer cidadão, é um homem público e o outro também não é qualquer cidadão, é um jornalista. Se um jornalista não pode emitir uma opinião, claramente declarada como tal (portanto, que não se confunde com uma notícia) sem ser processado, onde é que fica a liberdade de opinião?

Anónimo disse...

O palhaço do nosso PM não consegue processar toda agente com dois dedos de testa que escreva coisas que ele não goste.
Claro que o Pinócrates tem o direito de processar. Assim como eu tenho o direito de dizer mal dele e sujeitar-me a ser processado.
Ó anónimos, cresçam.

mariahenriques disse...

mário crespo, a decepção das decepções.: Esta estória do Mário crespo já não convence ninguém que tenha capacidade...

http://bit.ly/9gxd07

Maria RHenriques disse...

o caso Jn:-reflexão sobre a má fé e falta de principios

Parece que afinal mário crespo não nos disse da tal verdade que impõe a outros.

http://apombalivre.blogspot.com/2010/02/o-caso-jn-reflexao-sobre-ma-fe-e-falta.html