sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A Imprensa em Democracia

O Público de hoje dá conta de um contrato duvidoso em 1999/2000 com Manuel Pedro (uma das caras deste processo do Freeport). Pode ser considerada uma notícia picuinhas, no sentido que remonta a há 10 anos atrás. Mas se calhar é esse o papel da imprensa em democracia, não?

Esse caso Freeport demonstra bem que, quando a imprensa agarra um osso, só o larga quando este perder interesse. Não tenhamos dúvidas dos efeitos negativos que tal pode ter. Mas convém também destacar o importante papel que este comportamento desempenha na fiscalização política em democracia.
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Se, por um lado, a notícia do Público pode parecer absurda ou despropositada, ainda bem que existe quem tenha disponibilidade para detectar irregularidades mesmo que cometidas há 10 anos atrás. Há quem lhe chame “campanha negra” e “poderes ocultos”, eu chamo-lhe imprensa livre em democracia.

E porque hoje é sexta-feira, o que nos reservarão o Sol e o Expresso amanhã? Freeport ou não Freeport, eis a questão...

2 comentários:

Anónimo disse...

o conceito de 4.º poder ainda é visível. poucas vezes... mas ainda acontece.

boa reflexão.

ab

Anónimo disse...

Se for tão relevante como a noticia do CM sobre a pensão de reforma da mãe de José Socrates, para dias depois, ter que vir de forma "escondida" desmentir-se, a imprensa continua a cavar o seu destino.