O fenómeno começa a ganhar dimensões preocupantes. Entre apedrejamentos, camiões queimados, atropelamentos e postos fechados sem gasolina em diversos pontos do país. Mas será esta uma greve dos camionistas ou um protesto das empresas de camionagem?
Estamos a assistir à segunda hipótese. Parece uma ligeira nuance, mas faz toda a diferença. Não estamos a falar de reivindicações de trabalhadores, mas sim de exigências de pequenas e médias de empresas para que se verifique uma intervenção do Estado nos preços dos combustíveis.
E o grande problema do presente protesto é a total descoordenação com que está a ocorrer. Não existe um interlocutor que consiga negociar com plenitude de poderes com o Executivo. Tal tem proporcionado que os piquetes instalados actuem de forma descontrolada, à revelia até dos seus supostos representantes. Uma semi-anarquia cujos resultados perigosos estão à vista.
Se fossem estruturas sindicais a coordenar a acção, a sua disciplina e dinâmica centralizadora dificilmente permitiriam os excessos violentos que têm vindo a ocorrer.
Estamos a assistir à segunda hipótese. Parece uma ligeira nuance, mas faz toda a diferença. Não estamos a falar de reivindicações de trabalhadores, mas sim de exigências de pequenas e médias de empresas para que se verifique uma intervenção do Estado nos preços dos combustíveis.
E o grande problema do presente protesto é a total descoordenação com que está a ocorrer. Não existe um interlocutor que consiga negociar com plenitude de poderes com o Executivo. Tal tem proporcionado que os piquetes instalados actuem de forma descontrolada, à revelia até dos seus supostos representantes. Uma semi-anarquia cujos resultados perigosos estão à vista.
Se fossem estruturas sindicais a coordenar a acção, a sua disciplina e dinâmica centralizadora dificilmente permitiriam os excessos violentos que têm vindo a ocorrer.
4 comentários:
"Greve dos Camionistas ou Protesto das Empresas de Camionagem?" Talvez um não seja tão diferente do outro. E digo isto com base no facto de a maioria dos manifestantes serem as pequenas companhias, onde um patrão conduz tanto ou mais que um empregado. Já tendo trabalhado numa pequena companhia, sei da solidariedade que se consegue dentro da mesma e em que os problemas do empregador são também os problemas do empregado.
Por outro lado, a falta de organização talvez se deva ao lobby instalado na própria ANTRAM que se esqueceu das suas origens e representa todos os profissionais, mas teimosamente apenas é voz de alguns. Isto é algo a que estamos habituados neste paìs... grupos de interesses instalados, alguns direitos que ficam na gaveta e negociações por debaixo da mesa. É facil negociar com um governo quando no fundo apenas se defende os direitos de uns poucos.
Para mim é óbvio onde nasceu o problema e só não me é clara a solução.
Mas não nos deixemos enganar, o povo é o que está na rua.
Ora, tal como sucedeu com os professores, os sindicatos venderam-nos.
O facto de haver uma greve aparentemente descontrolado, só significa que os grevistas não acreditam nos sindicatos que os represetam, ou deveriam representar e por via desse facto, a greve parece incontrolável e anárquica.
Julgo que os camionistas aprenderam com os que venderam a luta dos professores.
É capaz de haver alguma confusão na cabeça das pessoas,os motoristas não estão em greve,os empresários da camionagem é que ilegalmente os impedem de trabalhar.Vamos ver como é que vai ser com o pagamento destes dias aos trabalhadores
Por que os camionistas não aumentam os preços do transporte para compensar o aumento do gasóleo? Não há preços tabelados.
Se calhar estamos a falar de ineficiência e baixa produtividade.
Se é assim, quem está a pagar toda esta incompetividade é o consumidor.
Se atribuirem subsídios além do consumidor, passará a ser o contribuite.
Enviar um comentário