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Acho bem que este tipo de entidades actuem. Não é essa a questão. Questiono-me sim sobre o protagonismo repentino que este organismo tem vindo a assumir. Alguém se lembra da ASAE há dois anos ou três anos atrás? Possivelmente, para a maioria dos cidadãos, não era mais do que uma sigla de um qualquer organismo do Estado.
É óbvio que o recente protagonismo da ASAE resulta de uma vontade dos seus responsáveis em aumentar a vertente da comunicação. É legitimo. Mas confesso ficar com uma ligeira comichão quando organismos de inspecção e securitários, como a ASAE ou a PJ e a PSP (que também são uma presença frequente nos telejornais, com assessores de comunicação e tudo), manifestam uma vontade tão grande de aparecer. Ficamos todos mais seguros quando assim acontece? Ou é apenas um fenómeno que tenta matar a sede securitária dos nossos dias?
2 comentários:
Devo dizer que enquanto consumidor, sinto-me bem mais tranquilo sabendo que estas entidades fiiscalizadoras cumprem as suas missões, e, mais ainda, sabendo que a mensagem vai sendo amplamente difundida, chegando aos destinatários (proprietários de negócios paciveis de fiscalização).
A missão destes inspectores é bem ingrata e muito necessária. Não é por acaso que andam, por vezes, de cara coberta. Quem meche com o bolso alheio, tem de ter muito cuidadinho.
Quem não deve não teme ( a ASAE) :)
Também não vejo inconveniente na publicitação da acção das forças policiais. Por estranho que pareça para muitos sectores da esquerda, o mediatismo em torno destas questões mostra que a lei é aplicada, dissuadindo eventuais prevaricadores.
E, já agora, o que pensa a esquerda da acção crescente das finanças? Também acha mal? Não me parece. A ordem policial não agrada à esquerda. Mas se falarmos em ordem fiscal, aí já é tudo em beneficio das classes exploradas.
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