É banal afirmar-se que o PSD é um partido dependente do poder. Não constitui novidade a referida afirmação. Mas a presente crise parece demonstrar bem mais do que isso. Sem o poder, e com fracas expectativas de o atingir, o PSD bateu no fundo, bem no fundo. É lamentável…
A dependência dos partidos do centro relativamente ao poder é algo quase natural. São estruturas preparadas para o efeito, com quadros cujo exercício do poder constitui uma necessidade quase natural e que tem de ser saciada com regularidade.
Recordamo-nos sem dúvida da desorientação do PS nos tempos de Cavaco Silva. As lutas internas constantes, as divergências quanto ao rumo a seguir, a descrença de muitos dos seus militantes e apoiantes. Tal verificou-se também, embora numa escala menor, durante o Barrosismo. Mas, independentemente da desorientação, o PS parecia sempre encontrar algum refúgio na ideologia, no guinar estratégico para a esquerda, onde aliás muitos dos seus quadros e militantes estão à vontade. O PS conseguiu quase sempre manter a dignidade.
Mas no PSD, a ausência do poder, e a falta de expectativas de a ele aceder, parecem ter efeitos ainda mais nefastos. A crise actual é disso exemplo. Tal pode naturalmente ser explicado tendo por base as raízes e história do partido. De qualquer modo, seria quase impossível prever o quão baixo o PSD poderia descer. É lamentável a presente situação tendo em conta as responsabilidades que, quer queiramos quer não, o PSD possui no nosso sistema democrático…
A dependência dos partidos do centro relativamente ao poder é algo quase natural. São estruturas preparadas para o efeito, com quadros cujo exercício do poder constitui uma necessidade quase natural e que tem de ser saciada com regularidade.
Recordamo-nos sem dúvida da desorientação do PS nos tempos de Cavaco Silva. As lutas internas constantes, as divergências quanto ao rumo a seguir, a descrença de muitos dos seus militantes e apoiantes. Tal verificou-se também, embora numa escala menor, durante o Barrosismo. Mas, independentemente da desorientação, o PS parecia sempre encontrar algum refúgio na ideologia, no guinar estratégico para a esquerda, onde aliás muitos dos seus quadros e militantes estão à vontade. O PS conseguiu quase sempre manter a dignidade.
Mas no PSD, a ausência do poder, e a falta de expectativas de a ele aceder, parecem ter efeitos ainda mais nefastos. A crise actual é disso exemplo. Tal pode naturalmente ser explicado tendo por base as raízes e história do partido. De qualquer modo, seria quase impossível prever o quão baixo o PSD poderia descer. É lamentável a presente situação tendo em conta as responsabilidades que, quer queiramos quer não, o PSD possui no nosso sistema democrático…
4 comentários:
Não tenho memória de uma barracada tão grande ter acontecido alguma vez a algum partido português. É deprimente.
viva o partido do povo! viva o PSD! Volta Santana, nos perdoamos-te
Quem não se lembra do tempo da batatada no PS durante a década de Cavaco? Também não venhamos com exageros. O PSD está mal, pronto.
Mas não é uma coisa do outro mundo o que se está a passar. Como refere, a luta por um poder que parece distante leva a este tipo de episódios.
Por aqui se vê a seriedade destes tipos,a merda mudou,nenhuma das moscas vai deixar a politica.
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