quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O Rebelde Dalai Lama

O Governo português optou por não receber o líder espiritual do Tibete. Luis Amado sustentou que, “por razões óbvias”, não o faria formalmente, “pelas razões que são conhecidas”.

Deste modo, e apoiado em princípios de diplomacia de café (ou de esquina se preferirem), considerou-se que tal seria um acto ultrajante para com o Governo Chinês, nosso irmão… Palavra de ordem: Não incomodar os poderosos.

A diplomacia portuguesa esqueceu-se certamente que Dalai Lama só não é consensual na China. Esqueceu-se também que Dalai Lama já foi recebido por governos de todo o mundo. Mas parece que a realpolitik de esquina acabou por pesar mais…

Interessantes foram as reacções das oposições parlamentares. O PSD não fez muito barulho. O PCP não quis ofender os camaradas chineses. Apenas o Bloco, o CDS e a indomável Ana Gomes acabaram por criticar a posição governamental. Curioso…

2 comentários:

Anónimo disse...

Ana Gomes tem destas coisas. A ela, ninguém lhe cala!

samuel disse...

É sempre tão difícil pôr em práctica tudo o que se escreve na "sebenta" dos princípios...
É muito mais fácil ser pragmático, um eufemismo bacoco para cínico ou hipócrita.