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Um “manual político de gestão de mandatos para principiantes” recomendaria que se começasse com doces no primeiro ano, que as reformas que doem fossem aplicadas no segundo e terceiro ano, e que o último ano fosse terminado em grande, com mais doces. António Costa não dispõe de quatro anos. Saltou, portanto, a parte dos doces e entrou decidido nas reformas dolorosas.
Não estou certo que o eleitorado que elegeu António Costa estivesse à espera que a sua primeiríssima grande medida fosse um choque fiscal sobre o lema “colocar ordem na casa”. António Costa ainda merece o benefício da dúvida. Veremos, no entanto, como conseguirá gerir as expectativas num tão curto mandato.
3 comentários:
Não se quebram expectativas por se começar por tratar dos problemas financeiros da CML. Os mandatos de Santana e Carmona fizeram fortes estragos no orçamento camarário e não é possível avançar-se com novas medidas sem que a situação financeira da câmara esteja resolvida. António Costa afirmou-o sempre como uma das suas primeiras medidas do seu mandato.
Não disse que tal seria feito com aumento dos impostos ou reduções de pessoal. Mas, como diz o Mourinho, "no eggs, no omelets".
Protagonismo...
Nesta primeira fase, o autarca de Lisboa vai manter uma postura de "uma no cravo, outra na ferradura". Ou seja, vai apostar forte no rigor financeiro, tomando se necessário medidas dolorodas para o efeito. Ao mesmo tempo procurará iniciativas que o distanciem da anterior administração laranja. O dia sem carros foi um exemplo disso, as quotas de custos controlados ém novos prédios também o poderão ser.
Procurará inevitavelmente agradar a gregos e troianos. E, no meu ponto de vista, será a melhor estratégia a seguir tendo em conta o tão curto mandato que tem pela frente.
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