Está já nas bancas há algum tempo e apresenta-se como uma colectânea de aulas de Ciência Política. O seu autor é José António Saraiva e as aulas foram leccionadas no mestrado e doutoramento em Ciência Política da Universidade Católica.
Dois preconceitos meus antes de começar a ler o livro. O primeiro foi que Saraiva não é um académico. Muito menos politólogo. Neste contexto, qual o sentido ou autoridade que possui para dar aulas e publicar um livro de ciência política? O segundo preconceito relaciona-se já com a personalidade de António José Saraiva. As suas posições políticas e a forma como julga deter o monopólio da verdade fizeram que eu julgasse que a leitura do livro em questão dificilmente se tornaria interessante.
Os preconceitos confirmaram-se, mas não necessariamente o desinteresse. A forma como está escrito deixa-o longe de poder ser um livro académico, mas sim um conjunto de ensaios. Bem ao estilo de José António Saraiva. De qualquer modo, o livro revela-se um bom exercício para um estudante ou académico da área procurar desconstruir questões mais ou menos de senso comum. Questões que, embora pouco ou nada cientificas, são assumidas como dados adquiridos por opinion makers de renome na praça.
Acredito que, neste sentido, ter um António José Saraiva, ou outro cronista ou comentador semelhante, como professor num curso de mestrado ou doutoramento em ciência política pode ajudar a aproximar a por vezes distante academia do mundo real. O livro possui mérito por isso. No entanto, importa que os seus leitores não caiam no erro de encarar o referido livro como uma obra académica do arquitecto-politólogo António José Saraiva. É um livro de ensaios e deve ser encarado apenas como tal.
Dois preconceitos meus antes de começar a ler o livro. O primeiro foi que Saraiva não é um académico. Muito menos politólogo. Neste contexto, qual o sentido ou autoridade que possui para dar aulas e publicar um livro de ciência política? O segundo preconceito relaciona-se já com a personalidade de António José Saraiva. As suas posições políticas e a forma como julga deter o monopólio da verdade fizeram que eu julgasse que a leitura do livro em questão dificilmente se tornaria interessante.
Os preconceitos confirmaram-se, mas não necessariamente o desinteresse. A forma como está escrito deixa-o longe de poder ser um livro académico, mas sim um conjunto de ensaios. Bem ao estilo de José António Saraiva. De qualquer modo, o livro revela-se um bom exercício para um estudante ou académico da área procurar desconstruir questões mais ou menos de senso comum. Questões que, embora pouco ou nada cientificas, são assumidas como dados adquiridos por opinion makers de renome na praça.
Acredito que, neste sentido, ter um António José Saraiva, ou outro cronista ou comentador semelhante, como professor num curso de mestrado ou doutoramento em ciência política pode ajudar a aproximar a por vezes distante academia do mundo real. O livro possui mérito por isso. No entanto, importa que os seus leitores não caiam no erro de encarar o referido livro como uma obra académica do arquitecto-politólogo António José Saraiva. É um livro de ensaios e deve ser encarado apenas como tal.
2 comentários:
vab банк
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Atenção!
Não confundir este José António Saraiva com o seu pai: António José Saraiva!
O mesmo raciocínio linear.
Mas que diferença!
Muito para além da troca entre o José e o António!
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