Arrefecidos um pouco mais os ânimos sobre o cancelamento do Lisboa-Dakar, contabilizam-se os custos, mas começam-se também a questionar os trâmites da decisão tomada. Pelos vistos, o Governo Português não foi tido nem achado pelos seus colegas franceses.
Tudo aconteceu aparentemente de forma muito súbita. Um primeiro aviso do Governo Francês na quinta-feira desaconselhando, por questões de segurança, a participação dos seus concidadãos no rali. Enquanto decorriam reuniões de emergência entre a organização e o Governo Francês, Pedro Silva Pereira procurava desdramatizar o sucedido.
No dia seguinte, sexta-feira, a posição do Ministro da Presidência já era diferente, dizendo lamentar profundamente o cancelamento do rali e manifestando respeito pela decisão da organização. Mas não se coibindo de acrescentar que "… o Dakar é uma aventura e não uma prova isenta de risco. O Governo francês fez uma coisa que não fez em anos anteriores, com base em informações de que dispunha”. Entretanto, algumas fontes diplomáticas do Público não esconderam alguma irritação pela forma como todo o processo se desenrolou.
Os próximos dias poderão ou não esclarecer qual o papel (se é que existiu?!?) do Governo Português no âmbito da referida decisão. Será que o único país europeu envolvido oficialmente na organização do rali, e que milhões e milhões empreendeu na sua realização (investimento público e privado) não foi sequer consultado sobre o seu cancelamento? A confirmar-se, duas perspectivas são possíveis: a) “É muito grave! Os franceses feriram o orgulho português!”; b) “Olha, paciência… O quê? Estavam à espera que o governo francês se preocupasse com o rectângulo da Europe’s West Coast”?
Tudo aconteceu aparentemente de forma muito súbita. Um primeiro aviso do Governo Francês na quinta-feira desaconselhando, por questões de segurança, a participação dos seus concidadãos no rali. Enquanto decorriam reuniões de emergência entre a organização e o Governo Francês, Pedro Silva Pereira procurava desdramatizar o sucedido.
No dia seguinte, sexta-feira, a posição do Ministro da Presidência já era diferente, dizendo lamentar profundamente o cancelamento do rali e manifestando respeito pela decisão da organização. Mas não se coibindo de acrescentar que "… o Dakar é uma aventura e não uma prova isenta de risco. O Governo francês fez uma coisa que não fez em anos anteriores, com base em informações de que dispunha”. Entretanto, algumas fontes diplomáticas do Público não esconderam alguma irritação pela forma como todo o processo se desenrolou.
Os próximos dias poderão ou não esclarecer qual o papel (se é que existiu?!?) do Governo Português no âmbito da referida decisão. Será que o único país europeu envolvido oficialmente na organização do rali, e que milhões e milhões empreendeu na sua realização (investimento público e privado) não foi sequer consultado sobre o seu cancelamento? A confirmar-se, duas perspectivas são possíveis: a) “É muito grave! Os franceses feriram o orgulho português!”; b) “Olha, paciência… O quê? Estavam à espera que o governo francês se preocupasse com o rectângulo da Europe’s West Coast”?
3 comentários:
Que raio de pergunta... "Qual foi o papel do governo português?!..."
Papel de parvo!!!
Quando se é assim "surpreendido", parece só haver um remédio: assobiar para o lado e esperar que a comunicação social não pegue muito na questão.
Em suma; ganhou o terrorismo, e perdeu a sociedade livre e democrática.
Cedências deste tipo não podem acontecer. Só fortalecem quem faz as ameaças, pois estes vêem, na prática, as consequências destas.
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