Surgiram notícias este fim-de-semana de que um grupo de católicos do PS exige que a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo seja referendada. Já li algures na blogosfera que o referido grupo não é dotado de qualquer representatividade. As figuras que o constituem são ultra-minoritárias e já protagonizaram semelhante actuação aquando da despenalização do aborto.
Acredito que assim seja. Acredito que na cúpula nacional dos socialistas, não se coloque a possibilidade de um referendo. E ainda bem que assim é. Mas também acredito que ao longo das bases e dos núcleos de simpatizantes socialistas, no “PS real” se quiserem, a questão não é tão clara quanto isso. Muitos julgam que o tema será sujeito a referendo ou que, na pior das hipóteses, a possibilidade de um referendo não está posta de parte.
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O PS é um partido grande e naturalmente heterogéneo. Mas este tipo de confusões revelam não só que o assunto é delicado, como também que tem sido muito pouco discutido no seio da organização. Uma espécie de tabu, portanto. Será melhor/correcto/natural/legítimo que se mantenha assim? Acredito que muitos socialistas responder-me-iam com algo do género: this is not the good or the bad way. This is the only way…
(Imagem: Inês Amaro)
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