quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Três notas sobre a greve da Função Pública

1) Podia ter corrido muito melhor, é um facto. Mas...
Mesmo que a greve tenha tido uma adesão à volta dos 10% (segundo os dados do Governo), importa não esquecer que tal significa que 10% dos trabalhadores do Estado abdicaram de um dia do seu salário como forma de protesto. Tal dificilmente pode ser considerada uma insignificância ou uma brincadeira.

2) A CGTP devia melhor utilizar os meios ao seu dispor para mobilizar os trabalhadores do Estado
Apenas a título de exemplo, devo dizer que sou sindicalizado numa das estruturas que organizou esta greve e não recebi qualquer informação neste sentido: uma carta, um folheto, ou sequer um e-mail que me informasse sobre a convocação de uma greve da função pública. Nada, zero... No meu trabalho, quase ninguém sabia que uma greve estava agendada.

3) Do lado governamental, o costume...
Como é da praxe, o Executivo veio clamar que a greve foi um fracasso. O jovem Secretário de Estado da Administração Pública afirmou não compreender os motivos da sua convocação e aproveitou ainda para acusar que a greve apenas servia a agenda de determinadas forças políticas. Enfim... Fez bem trabalhinho que lhe foi encomendado. Terá certamente uma brilhante carreira política pela frente.

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