domingo, 13 de maio de 2007

António Costa e a sua Candidatura a Lisboa

No actual contexto, o PS não pode arriscar menos do que um candidato de primeira linha em Lisboa. Aí está. Ao que tudo indica, o principal ministro do actual governo será a aposta socialista para Lisboa.

Parece que será mesmo António Costa a aposta de Sócrates para conquistar Lisboa. Se assim acontecer, Sócrates está a jogar muito alto, embora não se possa exigir menos, no actual contexto, para a conquista da principal autarquia do país. A experiência “para esquecer” da candidatura de Carrilho parece estar a dar os seus frutos.

António Costa possui um currículo de peso, se contarmos com a sua presença nos governos de Guterres e, mais recentemente, no seu forte destaque no âmbito da era Sócrates. Aliás, se recuarmos ao momento da sucessão de Ferro Rodrigues, António Costa possuía então maior currículo do que Sócrates para ganhar a liderança do PS. Por seu turno, no momento actual, ocupa o segundo lugar na hierarquia do actual governo. Será certamente um candidato de peso a Lisboa.

Por momentos, posso interrogar-me sobre o que levará o principal ministro de Sócrates a arriscar uma candidatura a Lisboa perante um cenário complicado à partida. Sem dúvida que a presidência da Câmara de Lisboa é um cargo com enorme destaque a nível nacional.

Mas o principal motivo parece-me ser outro: uma vez que o presente Governo e seu líder parecem estar cá para ficar, António Costa vê em Lisboa uma hipótese de sair da sombra de Sócrates. Assumir a presidência da capital e aguardar por um próximo ciclo de liderança no PS poderá ser uma boa estratégia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sinceramente acho que é um passo "kamikazee" do António Costa, porque se Seara concorrer ele irá ser derrotado...o que fará que se torne num "queimado" da política, como João Soares, Carrilho e outros...
Para além disso o facto de haver mais candidatos que dividem a esquerda, como Roseta, fazem com este "jogo" se torne de alto risco...qualquer candidato que do PS está queimado à partida...

Abraço

João Ricardo Vasconcelos disse...

Acho que é um passo arriscado, sem dúvida. Mas não considero o Fernando Seara assim tão "poderoso". Por exemplo, o facto de eventualmente abandonar Sintra a meio do mandato far-lhe-á perder um capital considerável junto do eleitorado.
Concordo, no entanto, totalmente com a segunda observação: a fragmentação da esquerda, e sobretudo a candidatura de Helena Roseta, aumentam em muito os riscos.
De qualquer modo, em política os prognósticos antes do jogo são complicados. Este só agora está a começar.
Abraço

António Pista disse...

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