No dia em que Carmona anunciou que afinal se vai recandidatar a Lisboa, vale a pena um curtíssima reflexão sobre os galardões de independência orgulhosamente exibidos por alguns candidatos.
Recordando um professor que tive, importa sempre verificar se existem ou não parêntesis em torno do “in” de independente. No fundo, é bastante redutor pensar-se que a inexistência de um cartão partidário implica a imediata qualificação de um candidato como independente.
Aplicando ao caso das últimas autárquicas, alguém consegue considerar o Isaltino Morais, a Fátima Felgueiras ou o Avelino Ferreira Torres como independentes dos partidos políticos? Mas a presente questão da denominação de “independente” não se aplica só aos governos locais, ou mesmo aos cargos electivos. Vejamos a quantidade nomeados de topo nas administrações públicas que se denominam “independentes”, apesar de um currículo imenso de serviço a um mesmo governo ou administração claramente partidarizada… Nestes casos, não tenho dúvidas que o “in” aparece a mais.
Aplicando agora às eleições de Lisboa, personalidades com os currículos de Carmona Rodrigues, Helena Roseta ou mesmo José Sá Fernandes poderão ser consideradas independentes? Por favor…
Não, não acho que venha um mal maior ao mundo por a palavra “independente” ser tão abusivamente utilizada. Lamento, no entanto, que mesmo os candidatos por quem tenho elevada consideração não consigam resistir a mobilizar o cliché da “independência”… Meus senhores, o povo é distraido, mas não é estúpido. Não precisam de ir por aí…
Recordando um professor que tive, importa sempre verificar se existem ou não parêntesis em torno do “in” de independente. No fundo, é bastante redutor pensar-se que a inexistência de um cartão partidário implica a imediata qualificação de um candidato como independente.
Aplicando ao caso das últimas autárquicas, alguém consegue considerar o Isaltino Morais, a Fátima Felgueiras ou o Avelino Ferreira Torres como independentes dos partidos políticos? Mas a presente questão da denominação de “independente” não se aplica só aos governos locais, ou mesmo aos cargos electivos. Vejamos a quantidade nomeados de topo nas administrações públicas que se denominam “independentes”, apesar de um currículo imenso de serviço a um mesmo governo ou administração claramente partidarizada… Nestes casos, não tenho dúvidas que o “in” aparece a mais.
Aplicando agora às eleições de Lisboa, personalidades com os currículos de Carmona Rodrigues, Helena Roseta ou mesmo José Sá Fernandes poderão ser consideradas independentes? Por favor…
Não, não acho que venha um mal maior ao mundo por a palavra “independente” ser tão abusivamente utilizada. Lamento, no entanto, que mesmo os candidatos por quem tenho elevada consideração não consigam resistir a mobilizar o cliché da “independência”… Meus senhores, o povo é distraido, mas não é estúpido. Não precisam de ir por aí…
2 comentários:
De facto, não faltam falsas independências neste país.
O cúmulo de tudo isto é o presidente da câmara cessante, após anos de administração, apresentar-se agora com a bandeira da independência hasteada bem lá no alto.
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