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Se somarmos a esta notícia a subida constante das taxas de juro do crédito à habitação e o desemprego crescente, constactamos naturalmente que a situação não está nada famosa para os portugueses. No entanto, os "esforços e contenções" continuam a ser exigidos diariamente a (quase) todos, em nome do equilíbrio das finanças públicas defendido por uns magos da economia em Portugal e em Bruxelas. No entanto, na página anterior à notícia acima, encontramos o texto abaixo:
“Portugal vai voltar este ano a ter a pior taxa de crescimento da economia de todos os países da União Europeia (UE), uma situação que só não se repetirá em 2008, porque a Itália está em risco de fazer pior. Ao mesmo tempo, o país deverá ser o único membro da zona euro a manter um défice orçamental classificado como "excessivo", ou seja, superior ao limite autorizado de três por cento do Produto Interno Bruto (PIB).” in Público de 8/05/2006
Os keynesianos (como eu me considero) tiram um tipo de conclusão da notícia acima. Os neo-liberais, por seu turno, encaram-na como mais uma razão para pedir ainda mais esforços e contenção aos portugueses.
Naturalmente que os resultados de um esforço económico ou orçamental não surgem de um dia para o outro. Mas também não é menos verdade que as noticias acima são ultrajantes para os portugueses com menores rendimentos que se têm deixado levar no cântico do “esforço e da contenção”.
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