"O poder de compra dos trabalhadores por conta de outrem registou em Portugal durante o ano passado a maior descida dos últimos 22 anos, calcula a Comissão Europeia. De acordo com o relatório semestral ontem divulgado, os salários reais portugueses caíram 0,9 por cento. Isto significa que os aumentos salariais registados foram superados pela evolução dos preços (neste caso calculada através do deflator do consumo privado).É necessário recuar ao ano de 1984 para encontrar uma evolução mais negativa da evolução do poder de compra dos portugueses" in Público de 8/05/2006
Se somarmos a esta notícia a subida constante das taxas de juro do crédito à habitação e o desemprego crescente, constactamos naturalmente que a situação não está nada famosa para os portugueses. No entanto, os "esforços e contenções" continuam a ser exigidos diariamente a (quase) todos, em nome do equilíbrio das finanças públicas defendido por uns magos da economia em Portugal e em Bruxelas. No entanto, na página anterior à notícia acima, encontramos o texto abaixo:
Se somarmos a esta notícia a subida constante das taxas de juro do crédito à habitação e o desemprego crescente, constactamos naturalmente que a situação não está nada famosa para os portugueses. No entanto, os "esforços e contenções" continuam a ser exigidos diariamente a (quase) todos, em nome do equilíbrio das finanças públicas defendido por uns magos da economia em Portugal e em Bruxelas. No entanto, na página anterior à notícia acima, encontramos o texto abaixo:
“Portugal vai voltar este ano a ter a pior taxa de crescimento da economia de todos os países da União Europeia (UE), uma situação que só não se repetirá em 2008, porque a Itália está em risco de fazer pior. Ao mesmo tempo, o país deverá ser o único membro da zona euro a manter um défice orçamental classificado como "excessivo", ou seja, superior ao limite autorizado de três por cento do Produto Interno Bruto (PIB).” in Público de 8/05/2006
Os keynesianos (como eu me considero) tiram um tipo de conclusão da notícia acima. Os neo-liberais, por seu turno, encaram-na como mais uma razão para pedir ainda mais esforços e contenção aos portugueses.
Naturalmente que os resultados de um esforço económico ou orçamental não surgem de um dia para o outro. Mas também não é menos verdade que as noticias acima são ultrajantes para os portugueses com menores rendimentos que se têm deixado levar no cântico do “esforço e da contenção”.
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