Concretizando as previsões de todas as sondagens, Sarkozi venceu as disputadas presidenciais francesas. Apesar dos resultados de Sególène representarem uma ligeira subida face às sondagens de há duas semanas, a vitória pertenceu ao desde sempre favorito Sarkozi.
Destaco duas questões. Em primeiro lugar, as eleições francesas distinguiram-se por uma elevadíssima participação. Contrariando a tendência de abstenção em democracias consolidadas, a experiência de há cinco anos impulsionou a participação do eleitorado francês tanto na primeira como na segunda volta.
A presente experiência enquadra-se bem nas teorias que advogam que a abstenção em democracias consolidadas não significa um total desprendimento do eleitorado relativamente ao jogo democrático. Apesar de apresentar níveis de abstenção elevados, o eleitorado de democracias consolidadas mobiliza-se facilmente quando estão em causa questões consideradas centrais.
Em segundo lugar, destaco um dos motivos que pode ter motivado a vitória de Sarkozi: a importância da autoridade e de "mão firme" relativamente à política da imigração. Sem dúvida que as posições atlanticistas, as ideias sobre a Europa ou a reformas prometidas para a economia francesa terão sido importantes na eleição de Sarkozi. No entanto, não tenhamos dúvidas que o recém-eleito presidente o foi também devido às suas firmes posições e politicas aquando dos distúrbios nos arredores de Paris há cerca de um ano. Foi-o também pelo seu discurso à direita que captou muitas das posições da Frente Nacional de Le Pen.
Neste contexto, apesar dos altíssimos níveis de participação demonstrarem a vitalidade da democracia francesa, os resultados indiciam a resposta conservadora da maioria do eleitorado relativamente a temáticas como a imigração. A presente eleição evidencia assim importantes fracturas na sociedade francesa.
Nos próximos anos, veremos se o desejo de “pulso firme” expresso pelo eleitorado francês contribuirá para sarar ou, pelo contrário, aprofundar as referidas fracturas. Infelizmente, inclino-me muito mais para a segunda hipótese…
Destaco duas questões. Em primeiro lugar, as eleições francesas distinguiram-se por uma elevadíssima participação. Contrariando a tendência de abstenção em democracias consolidadas, a experiência de há cinco anos impulsionou a participação do eleitorado francês tanto na primeira como na segunda volta.
A presente experiência enquadra-se bem nas teorias que advogam que a abstenção em democracias consolidadas não significa um total desprendimento do eleitorado relativamente ao jogo democrático. Apesar de apresentar níveis de abstenção elevados, o eleitorado de democracias consolidadas mobiliza-se facilmente quando estão em causa questões consideradas centrais.
Em segundo lugar, destaco um dos motivos que pode ter motivado a vitória de Sarkozi: a importância da autoridade e de "mão firme" relativamente à política da imigração. Sem dúvida que as posições atlanticistas, as ideias sobre a Europa ou a reformas prometidas para a economia francesa terão sido importantes na eleição de Sarkozi. No entanto, não tenhamos dúvidas que o recém-eleito presidente o foi também devido às suas firmes posições e politicas aquando dos distúrbios nos arredores de Paris há cerca de um ano. Foi-o também pelo seu discurso à direita que captou muitas das posições da Frente Nacional de Le Pen.
Neste contexto, apesar dos altíssimos níveis de participação demonstrarem a vitalidade da democracia francesa, os resultados indiciam a resposta conservadora da maioria do eleitorado relativamente a temáticas como a imigração. A presente eleição evidencia assim importantes fracturas na sociedade francesa.
Nos próximos anos, veremos se o desejo de “pulso firme” expresso pelo eleitorado francês contribuirá para sarar ou, pelo contrário, aprofundar as referidas fracturas. Infelizmente, inclino-me muito mais para a segunda hipótese…
Sem comentários:
Enviar um comentário