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Todos os anos, ouvimos os Governos anunciarem uma determinada política de aumentos (ou congelamentos). Assistimos depois ao que ainda são denominadas como “negociações”. Vemos, por fim, os sindicatos a sairem chateados porque a posição do Governo foi irredutível, convocando greves ou outras formas de protesto. Ou seja, a denominada concertação social nunca funciona.
Muitos apontam irremediavelmente a responsabilidade deste não funcionamento aos instransigentes sindicatos portugueses. Uns malvados, que nunca estão satisfeitos, dominados por bandos de comunistas que se limitam a repetir cassetes sobres “os ataques do Governo contra os trabalhadores”.
Resta saber se algum dos Governos até à actualidade já cumpriu o seu papel no âmbito da denominada “concertação social”. Se já efectivamente negociou aumentos (ou congelamentos) com os sindicatos. Humm... Deixem-me ver... Nope, não estou a ver nenhum que o tenha feito... As políticas são anunciadas unilateralmente, sendo as reuniões de concertação social meras formalidades onde a parte que decide apenas comunica, não negoceia o que quer que seja.
Posto isto, quem são afinal os culpados por a concertação social não existir em Portugal, Governo ou sindicatos? Os sindicatos, a meu ver, limitam-se a fazer o seu papel. Os Governos farão o seu? Deixo sinceramente à consideração dos leitores deste post a resposta a esta questão.
1 comentário:
Parece-me que os governos fazem o seu papel: representar os seus milhões de eleitores. E também parece-me que os sindicatos fazem o seu papel: representar os seus milhares de sindicalizados.
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