“Os governos, especialmente naqueles países onde os dados da economia eram mais negativos, podem agora usar a crise internacional para serem parcialmente isentados de responsabilidades aos olhos das suas opiniões públicas. (...)
E para os governos, especialmente os de centro-esquerda, a oportunidade para reencontrar bases de apoio previamente alienadas por políticas de ortodoxia orçamental é demasiado boa para ser perdida. Se a isto adicionarmos o pânico social trazido por alguns aspectos desta crise e o reflexo imediato que ele tem em termos do aumento da confiança nos governos e do apoio a soluções de estabilidade política, é fácil verificar como as oposições têm a sua vida dificultada para os próximos tempos. (...)
As consequências políticas da crise já são visíveis. Por um lado, ela trouxe boas notícias para muitos governos europeus que estavam em acentuada crise de popularidade e que recebem assim um balão de oxigénio. Por outro lado, ela vem neutralizar os mecanismos de responsabilização dos governos pelo seu desempenho, limitar o espaço de contestação política e diminuir as possibilidades de alternância.”
E para os governos, especialmente os de centro-esquerda, a oportunidade para reencontrar bases de apoio previamente alienadas por políticas de ortodoxia orçamental é demasiado boa para ser perdida. Se a isto adicionarmos o pânico social trazido por alguns aspectos desta crise e o reflexo imediato que ele tem em termos do aumento da confiança nos governos e do apoio a soluções de estabilidade política, é fácil verificar como as oposições têm a sua vida dificultada para os próximos tempos. (...)
As consequências políticas da crise já são visíveis. Por um lado, ela trouxe boas notícias para muitos governos europeus que estavam em acentuada crise de popularidade e que recebem assim um balão de oxigénio. Por outro lado, ela vem neutralizar os mecanismos de responsabilização dos governos pelo seu desempenho, limitar o espaço de contestação política e diminuir as possibilidades de alternância.”
Pedro Magalhães, Público 29/12/2008
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