“Olhando para os jovens gregos, porém, fica claro que basta um pequeno rastilho para a situação perder a graça. Diz-se que esta é a primeira revolta da geração precária. Talvez seja a segunda: nos motins dos suburbios franceses foi fácil disfarçar a coisa com uma conversa sobre os filhos dos imigrantes, o multiculturalismo e o “politicamente correcto”. Agora que se trata de jovens gregos de gema, já não dá para disfarçar. Fica claro que nesta “Europa de Primeiro Mundo”, há muita gente – jovem ou menos jovem, imigrante ou nativo, desempregado ou precário – que se sente fora do contrato social. Em Portugal acrescentemos-lhe ainda os idosos e os pobres, o interior e os subúrbios.
É muita gente do lado de fora. Enquanto a economia crescia, foi-lhes dito que os beneficios não eram para eles. Era preciso manter a competitividade. Agora – quando a economia recua - dizem-lhes que é preciso salvar o sistema financeiro para evitar o pior”
Rui Tavares, Público 15/12/2008
É muita gente do lado de fora. Enquanto a economia crescia, foi-lhes dito que os beneficios não eram para eles. Era preciso manter a competitividade. Agora – quando a economia recua - dizem-lhes que é preciso salvar o sistema financeiro para evitar o pior”
Rui Tavares, Público 15/12/2008
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