Eu diria que sim, alguns pelo menos. Certamente desde as últimas presidenciais, mas que recentemente voltaram a vir ao de cima na sua critica aos posicionamentos de Manuel Alegre.
Quem lê as crónicas de Mário Soares no DN sabe que o seu discurso está bastante à esquerda. Entre críticas ao neoliberalismo, às desigualdades sociais, à política americana de Bush, à necessidade de perceber as aspirações da população, dos movimentos sociais, entre outros. Uma série de recados que vão sendo enviados para o Largo do Rato. O artigo de hoje no DN é mais um exemplo disso mesmo, tendo conseguido novamente destaque noutros órgãos de comunicação social.
No entanto, o “pai da democracia portuguesa” parece não gostar de competição no seu lugar de “consciência colectiva do PS e da Nação”. Só assim pode ser entendida a sua dualidade ao enviar constantes recados ao Governo ao mesmo tempo que critica quem, com ideias muito semelhantes, tem sido um pouco mais consequente com os recados que envia.
5 comentários:
O estatudo de ambos não é passível sequer de comparação.
Um quer ser aquilo que o outro já é há muito!
Alegre tem mais jovialidade, Soares está xoné!
Dizer que M.Soares é "o pai da democracia portuguesa" é um perfeito excesso e uma profunda injustiça para todos quantos, em circunstância muito mais adversas, lutaram pela democracia no nosso país.
Não acho que seja um excesso chamar a Soares pai da democracia portuguesa. Claro que há outros mas ele foi pedra fundamental na consolidação da democracia parlamentar e na adesão de Portugal à Europa. Mas foi também o coveiro do socialismo em Portugal. A afirmação de que deveríamos pôr o socialismo na gaveta foi demolidora e ainda hoje tem influência (30 anos depois). Nunca o tirou da gaveta e se se passam 30 anos sem condições para o socialismo, não será legítimo concluir que o socialismo não vale a pena nem é possível? Soares nunca clarificou isto apesar de agora criticar o neo-liberalismo.
Pako.
Não acho que seja um excesso chamar a Soares pai da democracia portuguesa. Claro que há outros mas ele foi pedra fundamental na consolidação da democracia parlamentar e na adesão de Portugal à Europa. Mas foi também o coveiro do socialismo em Portugal. A afirmação de que deveríamos pôr o socialismo na gaveta foi demolidora e ainda hoje tem influência (30 anos depois). Nunca o tirou da gaveta e se se passam 30 anos sem condições para o socialismo, não será legítimo concluir que o socialismo não vale a pena nem é possível? Soares nunca clarificou isto apesar de agora criticar o neo-liberalismo.
Pako.
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