domingo, 28 de dezembro de 2008

Porque critico sobretudo Israel?

No seguimento dos rockets do Hamas, Israel contra-atacou fazendo mais de 280 mortos. O Hamas apela a uma nova Intifada. Israel, por seu turno, convoca reservistas com vista a uma eventual invasão terrestre a Gaza. And the show must go on...

O conflito aquece num déjà vu que há décadas nos habituamos a assistir. As direitas extremistas de ambos os lados rejubilam: como é sabido, este conflito é a razão da sua própria existência.

Na discussão que se gera todas as vezes sobre este conflito, convinha reter-se algo definitivamente: quando se critica Israel, não se está necessariamente a defender o Hamas, a Fatah ou o Hezbollah, fazendo dos palestinianos os bonzinhos e coitadinhos da fita. Colocar as coisas nestes termos parece a discussão da invasão do Iraque, em que alguns iluminados defendiam que quem criticava os EUA, estava com Saddam...

Em poucas palavras, critico sobretudo Israel porque apesar de tudo espero muito mais de um país dito ocidental e desenvolvido do que de um povo que nunca teve um Estado, que vive em permanente miséria e mergulhado no caos, sujeito a extremismos religiosos e belicistas que se alimentam do seu desespero.

8 comentários:

Anónimo disse...

É a questão da proporcionalidade,não é?

jrd disse...

Porque a violência fanática, assuma ela a forma falsa e melíflua dos caracóis pendentes ou dos olhares torvos do fundamentalismo, resulta sempre o grito lancinante da desesperança, a dor de uma criança, nas esquinas da morte, diante do incompreensível.

Paulo Pereira disse...

Como resolve esta situação?
Como dialogar com quem, à partida, não reconhece o estado de Israel e todos os acordos de tréguas que assina servem apenas para preparar nova guerra?

Anónimo disse...

Israel tem a faca e o queijo na mão, não precisa de resolver coisa nenhuma. Isto é, não precisa de fazer cedências por causa da força militar que tem e dos Estados Unidos, que lhe dá 3 biliões de dólares por ano.
Mas enquanto Israel não fizer cedências é irrealista esperar que haja paz.

Anónimo disse...

Cada um faz o que pode, a diferença é que uns podem fazer mais danos que outros.
Acho que os israelitas não estão para se armarem em vitimas.
Vai viver num bairro em que é bombardeado por rockets diariamente.

Alvarez disse...

Caro "activista",

Também eu hoje coloquei um "post" acerca desta guerra interminavel.
E continuo a questionar-me:
A quem interessa esta guerra?

Um abraço,

Alvarez

Anónimo disse...

Pelo contrário, acho que os eles estão para se armarem em vítimas. Não é esse um dos seus argumentos, que o povo judeu é perseguido por todos e que por isso tem que ter o seu próprio país?

Anónimo disse...

E para terem a certeza de que seriam odiados, trataram de estabelecer esse país numa terra que já estava ocupada e de expulsar os habitantes originais que não pertencessem à sua etnia.
Agora sofrem a reacção dos que foram desalojados. Têm contudo a sorte de receberem ajuda por parte de muitos apoiantes em todo o mundo que partilham a sua religião, das quais recebem, muitas vezes através de mecanismos governamentais, biliões de dólares por ano para gastos em armamento destinado à defesa contra os “terroristas”...