sexta-feira, 27 de março de 2009

Acordar para a vida

A manchete do dia parece ser o artigo de Marinho Pinto para a revista da Ordem dos Advogados. O bastonário recorda coisas graves, muito graves mesmo que estiveram na origem do caso Freeport. No fundo, as promiscuidades entre membros de partidos, jornalistas e a Judiciária na elaboração da carta anónima que despoletou o processo.

E não haja dúvidas que as responsabilidades foram muitíssimo mal apuradas. Apenas um “pobre” inspector da PJ foi condenado por violação do segredo de justiça. Quanto aos envolvimentos partidários, nomeadamente o de Miguel Almeida (muito próximo do então primeiro-ministro Santana Lopes), foi caindo no esquecimento.
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Apenas não percebo porque, de um dia para o outro, o bastonário acordou a querer recordar o quão mal a PJ e o Ministério Público agiram. Só agora acordou para a vida? Independentemente de neste caso ter razão, Marinho Pinto tem sempre um sentido de oportunidade capaz de deixar o país boquiaberto.

2 comentários:

Anónimo disse...

Deve andar a precisar do apoio do governo, este senhor é muito esperto, como já foi dito em local próprio é incrivel a facilidade com que de um momento para o outro se passou a poder fazer o free port, e o resto é conversa

Anónimo disse...

Se a Comunicação Social não vai de encontro a Marinho Pinto, o próprio encontra forma de despertar o interesse dos mesmos.

Desconfio que o senhor Bastonário se "alimenta" de polémicas!!