Que os jornalistas têm opinião, todos já sabíamos. Mas antigamente, apenas alguns jornalistas privilegiados beneficiavam de uma coluna de opinião num jornal ou de 5 minutos na rádio ou na televisão. Hoje, com blogs, twitters e facebooks, já não é assim. E no último ano ou dois, tal tem-se manifestado particularmente em Portugal.
Diversos jornalistas têm os seus espaços online. E são espaços muito procurados, não fossem os seus autores cidadãos particularmente informados sobre tudo o que se passa na actualidade. Alguns ainda mantêm um tom de alguma isenção jornalística. Mas muitos manifestam livremente as suas opiniões e comentários assinando por baixo.
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O jornalista deixou de ter de ser um analista ou relator de acontecimentos sem opinião própria. É uma nova realidade para o qual os diversos actores políticos ainda se estão a habituar. Se os jornalistas já eram perigosos, a sua versão 2.0 impõe ainda mais respeito. Que o diga o ministro Rui Pereira que viu um episódio que seria absolutamente trivial há meia dúzia de anos ser catapultado para os jornais de hoje. A fiscalização aos detentores de cargos políticos está mais apertada. A democracia está mais exigente. Ainda bem que assim é.
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