Segundo noticiou o Diário Económico, o Ministério da Educação foi alvo de buscas a propósito de uma prestação de serviços a João Pedroso, ex-juiz, então professor em exclusividade na U. Coimbra e que ocupou altos cargos no Governo de Guterres. Os magistrados procuraram na 5 de Outubro documentação do contrato celebrado por ajuste directo no valor de 287 980 euros.
O objecto do contrato, que já há algum tempo é falado, consistia num levantamento de toda a legislação publicada em matéria de educação. A investigação em curso teve origem numa denúncia feita em Junho passado. Denuncia esta certamente incomodada pelo facto do Ministério da Educação ter quadros próprios que poderiam levar a cabo o referido trabalho. Se a isto for somado o facto do contrato ter um valor considerável e nunca ter sido integralmente cumprido…
Como é evidente, os responsáveis governamentais bem poderão argumentar que se trata de mais uma campanha negra levada a cabo por poderes ocultos. E se calhar até têm razão ao questionar o porquê deste caso vir ao de cima quando este tipo de situações suspeitas proliferam em toda a Administração Pública.
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No entanto, a meu ver, ainda bem que este tipo de situações começam a vir a público. Por estas e por outras, e independentemente de existirem de facto irregularidades neste caso, se calhar os responsáveis governamentais começarão a pensar duas vezes antes de assumirem posições de favorecimento de “amigos”, de “amigos dos amigos”, entre outras porreirices conhecidas de todos os portugueses.
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