quarta-feira, 11 de março de 2009

E agora, Manuel Alegre?

No espaço de uma semana, três destacados socialistas vieram a público convidar implicitamente Alegre a sair do PS. Depois de José Lello na semana passada, Santos Silva deixou esta questão em aberto ontem e hoje Carlos Candal veio dizer que Alegre pode “levar um chuto”. A postura da direcção socialista quanto a Alegre está a mudar.

Depois do discurso oficial e amável do “apesar das divergências”, começa a chegar o discurso do “na minha opinião”. E é natural que assim aconteça. Há muito que a situação de Alegre no PS se tornou insustentável. O meio-termo onde se encontra não é razoável para ninguém.
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Alegre tem-se mantido numa indefinição corrosiva para si e para o partido. Até agora o PS estava com receio de precipitar a sua saída e ficar com o ónus da intolerância. Mas com o passar do tempo e com as indefinições e contradições alegristas, esse ónus está naturalmente a desvanecer-se. E agora, Manuel Alegre?

2 comentários:

Carlos Sá Carneiro disse...

Será que a definição não cabe ao PS?
Só o PS decide quem pretende ou não manter nas suas fileiras.
Mais: só o PS decide quem convida ou não a integrar as listas de deputados...

Anónimo disse...

Alegre, sempre foi vaidoso. Mas depois do "seu" milhão de votos nas últimas presidênciais, foi tanta a sua alegria que ficou sem saber o que fazer com os eles. (diga-se que Alegre os ganhou, porque o candidato do PS foi Soares e porque do outro lado estava Cavaco)

Primeiro veio o seu movimento cívico - carnaval de vaidades insipiente -, depois uma aproximação à "verdadadeira esquerda"; a do BE.

O Manuel, no meio desta alegre caminhada, lá foi subindo o tom das criticas, até culminar com o desafio directo ao líder do "seu" partido, afirmando que "se pudesse, concorria às legislativas".....contra Sócrates, claro.
Mas não foi capaz de ir ao Congresso assumir as suas "divergências".

Agora, depois de tanta peripécia, arrisca-se a ficar de fora.....ou ter de alinhar ao lado do BE.

Triste reforma, a de Alegre!