terça-feira, 22 de abril de 2008

Ferreira Leite e o Poder das Elites no PSD

Ferreira Leite apresenta-se agora como a principal candidata à liderança. Conseguiu o apoio dos principais barões do partido, o que não é algo a desconsiderar. Basta lembrar o que sucedeu o Menezes, o líder que foi eleito pelas bases há apenas 6 meses atrás…

A corrida à liderança do PSD parece agora estar mais estabilizada. Com Ferreira Leite como candidata, resta saber se a ala menezista/santanista entrará ou não na corrida. Santana Lopes será o candidato? A ver vamos. Mas a actual crise no PSD demonstra bem o papel determinante que as elites do partido possuem.
Menezes foi eleito contra quase todos os barões há apenas seis meses atrás. Não teve a vida nada fácil, sendo sujeito a um desgaste constante. O seu destino decidiu-se na semana em que os únicos dois barões que o apoiavam lhe retiram o tapete: Mota Amaral e a sua saída da Fundação Sá Carneiro e Ângelo Correia e suas declarações. É caso para dizer que, no PSD (assim como na maioria dos partidos políticos), as bases são importantes, mas as elites é que são determinantes.

4 comentários:

Anónimo disse...

Não nos esqueçamos que, normalmente é nas elites, que se encontram as pessoas mais mediáticas e que possuem espaço nos OCS para se expressarem (no caso, contra Menezes).

A opinião pública, muitas vezes, vem a reboque da opinião publicada.
Menezes sendo fraquito na sua relaçaõ com os média, e sem "notáveis mediáticos" que o segurassem, viu-se numa situação muito débil, pois por um lado era atacado e, com a sua ineficácia, não conseguiu através das sondagens, calar esses criticos (em especial os internos, claro).

Menezes atacou a liderança do PSD preocupado em destornar Mendes. Não tinha, portanto, um programa definido, nem ideias para apresentar ao país.
Também não se soube rodear de gente competente e capaz, que o fosse orientando, quer a nível de propostas concretas nas várias áreas, quer a nível da gestão mediática da sua imagem. Limitou-se ao seguidismo das causas, contra as politicas do governo.

Não creio que se apresente a eleições em 24 de maio. Talvez Santana avance por ele!?!

Santana aguenta com a porrada, já menezes provou não ter caparro para tal.

Dos restantes, só Manuela Ferreira leite está à altura das exigÊncias do cargo. Penso que Rui Rio seria uma melhor arma contra Sócrates, mas ainda não chegou a sua hora.

O que precisamos todos, enquanto país, é de uma oposição forte e coesa, com ideias concretas para apresentar aos portugueses, pois só assim o Governo se sente obrigado a fazer melhor e com mais cautelas.

Caso contrário, o caminho até Outubro 2009 será um aprazível passeio para Sócrates.......o que será muito mau para o país.

Que surjam, agora, os debates das ideias.

Anónimo disse...

Uma oposição forte e coesa? Mas será o PSD, com Manuela, com Rio ou com outra figura qualquer à frente, uma autêntica oposição? Ou melhor dizendo, uma real alternativa?
E, na verdade, existe uma oposição com ideias concretas, que diariamente as apresenta aos portugueses. Veja-se as propostas de BE e PCP.
Já agora, amanhã veremos dois partidos -ditos da "oposição"-, a ratificarem, em conjunto com o PS, o Tratado de Lisboa. É só um exemplo para demonstrar quem é a verdadeira oposição.

Anónimo disse...

Caro Zapata,

quem estaria em condições, então, para tomar as rédeas do país e fazer oposição a sério?

É que criticar tudo e todos sem apresentar uma razão ou alternativa, torna-se um exercício muito pouco justo e construtivo.

Anónimo disse...

Peço desculpa, caro zapata, depois de reler o seu comentário registo que em sua opinião a "oposição a sério" na AR é desenvolvida pelos partidos da "verdadeira" esquerda; a saber, BE e PC.

Não é, seguramente, a minha linha de pensamento, nem advogo uma sociedade ao estilo socialista puro e duro, do tipo comunista.

Sou mais liberal, mas com evidentes preocupações sociais. Preocupações essas, que passam por politicas de "dar a cana a ensinar a pescar" (quem quiser), pois o assistÊncialismo`há muito deixou de ser a solução para acabar com a pobreza e exclusão social.

Encontro-me, portanto, no campo ocupado entre o PS e o PSD, pois comungo e identifico-me com muitas das ideias/politicas que ambos defendem. Serei porventura o designado, "eleitorado flutuante".
Estarei entre uma direita moderada e uma esquerda, igualmente, moderada.

Cumps.