Jorge Coelho deverá assumir a presidência executiva da Mota-Engil, o maior grupo de construção civil a nível nacional. Eis um exemplo de como a dedicação à política, nos partidos certos, não constitui um sacrifício pessoal, mas sim um bom investimento.
São mais do que conhecidos os casos de altos responsáveis públicos que, após o exercício de funções governativas, ascendem de forma meteórica quando regressam ao mercado de trabalho. Apesar disso, algumas vozes continuam a defender que o exercício de cargos públicos é mal remunerado e pouco atractivo para largas franjas da sociedade. O exemplo de Jorge Coelho é apenas mais um que demonstra bem o quanto a política pode ser um bom investimento.
Mas a notícia hoje divulgada levanta também outras questões. O Grupo Mota-Engil encontra-se envolvido num sem número de grandes obras públicas. Resta saber o quão ético é, para um ex-Ministro das Obras Públicas e figura de referência do partido governamental, assumir as funções que agora lhe estão a ser atribuídas no maior grupo de construção civil do país. Opps… Esqueci-me que a ética não é para aqui chamada.
São mais do que conhecidos os casos de altos responsáveis públicos que, após o exercício de funções governativas, ascendem de forma meteórica quando regressam ao mercado de trabalho. Apesar disso, algumas vozes continuam a defender que o exercício de cargos públicos é mal remunerado e pouco atractivo para largas franjas da sociedade. O exemplo de Jorge Coelho é apenas mais um que demonstra bem o quanto a política pode ser um bom investimento.
Mas a notícia hoje divulgada levanta também outras questões. O Grupo Mota-Engil encontra-se envolvido num sem número de grandes obras públicas. Resta saber o quão ético é, para um ex-Ministro das Obras Públicas e figura de referência do partido governamental, assumir as funções que agora lhe estão a ser atribuídas no maior grupo de construção civil do país. Opps… Esqueci-me que a ética não é para aqui chamada.
PS: O Diário Económico destaca hoje um artigo sobre a presença de ex-governantes nas grandes empresas a operar em Portugal. Vale a pena. Via www.esquerda.net.
7 comentários:
Eu sou das "vozes" que continua a defender que os políticos são mal pagos em Portugal. A defesa deste argumento está neste post: se fossem bem pagos, não precisavam de usar a política e o serviço público apenas como um veículo que os leva para os lugares bem pagos.
Não se pode falar apenas em altos cargos políticos, como ministros e secretários de estado; toda a administração pública portuguesa é descoordenada. São demais e não são escolhidos segundo critérios de mérito, mas doutra coisa..., por isso são maus e mal pagos. Evidentente que na óptica do medíocre que precisa da "cunha" para entrar na Administração, é bem pago, mas na óptica de quem estudou e preparou-se convenientemente (e não estou a dizer que seja os Coelhones e Co), são lugares mal pagos e, por isso, a escolha vai recair noutra coisa qualquer.
Parabéns para a Mota Engil, vai ganhar muitas obras!
É caso para dizer que é um duplo investimento; o que fez "Coelhone" quando enveredou pela politica activa, e a Mota Engil que, agradece agora as obras passadas e aposta neste "coelho" para ganhar as futuras.
...e, a altura não podia ser melhor, com o chorrilho de obras públicas que agora começam a ser anunciadas.
A noticia do Diário Económio que refere em rodapé, continua a ter estatísticas destas para tratar....
Caro Rui Gamboa: Eu sou "daqueles" que consideram que o exercício de funções públicas não é mal remunerado, não só quando comparado com o salário médio do país, mas sobretudo se tivermos em conta que ao salário base de um alto responsável público acrescem sempre uma série de outras regalias (carro, subsidios de representação, ajudas de custo, subsidios de deslocação, etc, etc, etc).
Por outro lado, tenho muitas dúvidas do mito que se recusam altos cargos públicos por o privado oferecer melhores remunerações. Os cargos públicos oferecem outras coisas: influência, prestigio, curriculo, entre outras mais valias que fazem com que apenas ultra-minoria se "atreva" a recusar um alto cargo público.
Relativamente à Administração Pública, concordo que a mesma não proporciona carreiras tão aliciantes como algumas franjas do privado conseguem oferecer. Mas a AP consegue ter também os seus atractivos. Quanto às outras questões que levanta (descoordenação, maus, mediocres), percebo o seu ponto de vista mas evitaria generalizações. E, como concordará, a resolução dos problemas que refere não é simples ou pacifica.
Mas é claro que nenhum tipo do BE vai para nenhum cargo em qualquer empresa, grande, pequena ou micro, porque de gestão percebem tanto como eu de NASA. Invejosos duma figa!! Há quantos anos está Jorge Coelho fora dos governos? Meia dúzia de intelectuais que dão aulas mas não sabem ser professores, roiem-se de inveja por ver a progressão dos outros.
José da Silva
Claro, amigo José da Silva.
É apenas inveja. O sonho de qualquer miúdo para quando for grande é "Vender-me!". E se não puder ser? "Ah, então quero ser corrupto!"
O resto é tudo inveja!
A atitude deste senhor, face à tragédia de Entre-os-Rios, virando as costas ao problema com o argumento de que a culpa não podia morrer solteira, deixou-me boquiaberto. Então é assim que se assumem responsabildades? deixando-as para os outros?
Enfim, são os políticos que temos e, pelos vistos, muito valorizados.
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