A ministra recuou ontem, cedendo a algumas das reivindicações dos sindicatos. Não o fez por acaso. Fê-lo depois de duas gigantescas manifestações, depois das duas últimas semanas terem sido para esquecer, depois de um braço de ferro que não está a conseguir segurar.
Cedeu em diversos aspectos mas os sindicatos e a oposição já fizeram saber que tal não é suficiente. Será esta uma posição extremista dos sindicatos, tal como alguns já se apressaram a defender? Julgo que não. É sim uma posição natural.
O Ministério da Educação cedeu em alguns aspectos depois de se ter mantido inflexível durante muito tempo. Conseguiu com tal inflexibilidade um grande extremar de posições. Neste contexto, não me admira naturalmente o posicionamento dos sindicatos, que reflectem certamente a vastissima maioria da classe docente. Neste momento, em termos de balança de poderes, estão em clarissima vantagem. Conseguiram cercar o seu adversário. Porque haveriam de ser razoáveis?
Permitam-me um paralelismo extremo. Em princípios de 1944, os aliados já estavam largamente a ganhar a guerra. A Alemanha nunca se rendeu. Os aliados conseguiram então, a muito custo, chegar a Berlim. Acham que, na referida altura, faria algum sentido os alemães tentarem negociar o que quer que seja? Claro que não. A partir de determinada altura dos conflitos, a vitória incondicional torna-se o único objectivo da parte que se encontra em vantagem.
Cedeu em diversos aspectos mas os sindicatos e a oposição já fizeram saber que tal não é suficiente. Será esta uma posição extremista dos sindicatos, tal como alguns já se apressaram a defender? Julgo que não. É sim uma posição natural.
O Ministério da Educação cedeu em alguns aspectos depois de se ter mantido inflexível durante muito tempo. Conseguiu com tal inflexibilidade um grande extremar de posições. Neste contexto, não me admira naturalmente o posicionamento dos sindicatos, que reflectem certamente a vastissima maioria da classe docente. Neste momento, em termos de balança de poderes, estão em clarissima vantagem. Conseguiram cercar o seu adversário. Porque haveriam de ser razoáveis?
Permitam-me um paralelismo extremo. Em princípios de 1944, os aliados já estavam largamente a ganhar a guerra. A Alemanha nunca se rendeu. Os aliados conseguiram então, a muito custo, chegar a Berlim. Acham que, na referida altura, faria algum sentido os alemães tentarem negociar o que quer que seja? Claro que não. A partir de determinada altura dos conflitos, a vitória incondicional torna-se o único objectivo da parte que se encontra em vantagem.
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