O pior cenário parece estar a vigorar na Rússia. Entre repressão a manifestantes e propaganda declarada numa comunicação social quase monocolor, Putin revela mais uma vez não ter grandes pruridos quanto à manutenção de um sistema de democracia musculada no seu país.
Tudo isto acontece apenas um mês depois do encontro em Mafra com José Sócrates em que Putin fez questão de mostrar a sua face democrata. Comprometeu-se com a questão dos observadores que cedo se desvaneceu. Comprometeu-se também com a criação de um instituto russo-europeu dedicado aos direitos humanos, mostrando então o seu apego aos mais básicos valores democratas.
Perante este cenário, a menos de uma semana das eleições legislativas, as reacções internacionais mais não conseguem fazer do que mostrar-se preocupadas. Apesar de poder ter existido alguma esperança quanto ao equilíbrio destas eleições, esta rapidamente parece ter-se desvanecido. As fragilidades da democracia russa apresentam-se assim mais uma vez à vista de todos. Aliás, apelidar o regime russo de democracia é agora um claro eufemismo.
Tudo isto acontece apenas um mês depois do encontro em Mafra com José Sócrates em que Putin fez questão de mostrar a sua face democrata. Comprometeu-se com a questão dos observadores que cedo se desvaneceu. Comprometeu-se também com a criação de um instituto russo-europeu dedicado aos direitos humanos, mostrando então o seu apego aos mais básicos valores democratas.
Perante este cenário, a menos de uma semana das eleições legislativas, as reacções internacionais mais não conseguem fazer do que mostrar-se preocupadas. Apesar de poder ter existido alguma esperança quanto ao equilíbrio destas eleições, esta rapidamente parece ter-se desvanecido. As fragilidades da democracia russa apresentam-se assim mais uma vez à vista de todos. Aliás, apelidar o regime russo de democracia é agora um claro eufemismo.
4 comentários:
Com o que se está a passar, a utilização de eufemismos parece-me uma cortesia despropositada.
Que tal "regime de criminosos comuns" como eufemismo?
E o futuro? Segundo a lei russa, ele terá de abandonar o cargo. Abrem-se-lhe duas alternativas, parece-me:
1. Passa a 1º ministro
2. Mantém-se como Presidente, através de uma lei, onde havendo estado de emergência, o presidente pode continuar o mandato, além do estabelecido por lei
3. Muda a lei e pronto acabou-se.
Alguém tem mais alternativas?
No comentário anterior disse que havia duas alternativas, mas enumerei três. Porque só quando estava a escrever a 2ª é que lembrei-me da 3ª.
Enviar um comentário