Com eleições agendadas para Janeiro, e no mesmo dia que a sua mais temível adversária, Benazir Bhuto, chegou ao país, Musharraf decidiu decretar um estado de emergência. Motivo: o terrorismo que assola o Paquistão…
A História repete-se e só podemos ficar “surpreendidos” com quem se diz “surpreendido” com a História. Basta ver a forma como Musharraf chegou ao poder e como o manteve desde então para se perceber claramente qual o seu cariz político. O 11 de Setembro e a mudança no contexto internacional então operada fizeram com que, de um dia para o outro, o general ditador passasse a ser um amigo do Ocidente, devido a todo o apoio dado na invasão do Afeganistão. A política internacional tem destas coisas…
Os resultados estão à vista. A transição para a democracia que o ditador diz estar a levar a cabo acaba sempre por ter um final adiado. Um comportamento altamente surpreendente numa ditadura, não? Até porque estas caracterizam-se por abdicar facilmente do poder, certo?
A História repete-se e só podemos ficar “surpreendidos” com quem se diz “surpreendido” com a História. Basta ver a forma como Musharraf chegou ao poder e como o manteve desde então para se perceber claramente qual o seu cariz político. O 11 de Setembro e a mudança no contexto internacional então operada fizeram com que, de um dia para o outro, o general ditador passasse a ser um amigo do Ocidente, devido a todo o apoio dado na invasão do Afeganistão. A política internacional tem destas coisas…
Os resultados estão à vista. A transição para a democracia que o ditador diz estar a levar a cabo acaba sempre por ter um final adiado. Um comportamento altamente surpreendente numa ditadura, não? Até porque estas caracterizam-se por abdicar facilmente do poder, certo?
4 comentários:
Como li há pouco no Puxapalavra, Roosevelt terá dito, embora a propósito de outro figurão, "- Mas que posso eu fazer? Ele é o NOSSO ditador!
É sempre assim a realpolitik!
oh meu senhores, qual a surpresa no meio de tudo isto? Como diz o Samuel acima, existem ditadores e ditadores. E, nesta coisa das amizades internacionais, passa-se de bestial a besta e de besta a bestial com a maior das facilidades. É a realpolitik
Noutros tempos quando se deu a revolução no Irão o grande amigo dos EUA foi o Saddam,depois viu-se o que lhe aconteceu.Mas neste caso ainda é pior porque o Paquistão é um dos paises que tem armas nucleares
Há um pequeno episódio que demonstra bem a importância do 11 de setembro para Musharaf.
Perguntaram ao Presidente Bush jr, se sabia quem era o presidente do paquistão. Isso, antes o "nine eleven". Bush, "reflectiu", mas não chegou lá.
Depois das torres virem abaixo, é vê-lo dizer que vê o paquistão e o general que o camanda, como o maior e melhor aliado na luta anti terrorista. Pois, a sua localização estratégica, a isso obriga.!
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