A expulsão de militantes é uma prática que se repete regularmente no PCP. Os militantes que assumem desvios e entram em linha de colisão com o partido, as suas normas de funcionamento ou a sua doutrina, acabam por ser expulsos. Foi este o caso de Luisa Mesquita que, uma vez colocada no corredor do saneamento, dele dificilmente poderia sair.
Este tipo de prática comunista acaba por chocar tendo em conta a declarada abertura no debate interno dos restantes partidos. No entanto, o recurso à expulsão afirma-se como um mecanismo com vista a salvaguardar a vital unidade comunista. Logo, e sem querer dramatizar, a prática de expulsão é também uma prática de sobrevivência para o PCP, uma espécie de cirurgia política para eliminar os quistos que, de vez em quando, infectam o corpo partidário.
Como é evidente, e apesar da sua sobrevivência depender menos da coesão interna, os restantes partidos também têm os seus mecanismos próprios para assegurar a unidade. O PCP, dadas as suas especificidades e necessidades, diferencia-se destes pela “determinação” dos seus métodos. A bem dizer, limita-se a actuar de acordo com os ensinamentos leninistas sobre a organização partidária. Posto isto, e sem querer ser provocatório, será que a expulsão de Luisa Mesquita merece assim tanto espanto?
Este tipo de prática comunista acaba por chocar tendo em conta a declarada abertura no debate interno dos restantes partidos. No entanto, o recurso à expulsão afirma-se como um mecanismo com vista a salvaguardar a vital unidade comunista. Logo, e sem querer dramatizar, a prática de expulsão é também uma prática de sobrevivência para o PCP, uma espécie de cirurgia política para eliminar os quistos que, de vez em quando, infectam o corpo partidário.
Como é evidente, e apesar da sua sobrevivência depender menos da coesão interna, os restantes partidos também têm os seus mecanismos próprios para assegurar a unidade. O PCP, dadas as suas especificidades e necessidades, diferencia-se destes pela “determinação” dos seus métodos. A bem dizer, limita-se a actuar de acordo com os ensinamentos leninistas sobre a organização partidária. Posto isto, e sem querer ser provocatório, será que a expulsão de Luisa Mesquita merece assim tanto espanto?
6 comentários:
Também não exageremos. É um assunto que, a meu ver, continua a dever merecer espanto:
1 - Porque estamos numa democracia e há um partido que continua a ter comportamentos pouco recomendáveis num regime democrático;
2 - Porque o referido partido exibe orgulhosamente os referidos argumentos, sem qualquer remorso;
3 - Porque, apesar dos dois pontos acima, continua-se a olhar para o PCP como algo engraçado, ou exótico se preferirem, sem que se faça nada para que este tipo de comportamentos deixe de existir.
4 - Porque o PCP legitima o seu comportamento, apesar de ir em claro confronto com o que é previsto na Constituição sobre os mandatos dos deputados.
Caro Costa: concordo naturalmente consigo. Sem dúvida que este tipo de comportamentos deverá continuar a merecer espanto. Mas o espanto aplica-se sobretudo a algo imprevisível. E, no caso do PCP, não me parece que a política de expulsões o seja.
Se és militante de um partido Politico mas entras em linha de colisão com o partido, com as suas normas de funcionamento e ainda com a sua doutrina, que raio estás a fazer nesse parido Politico?
E não há o mínimo de respeito pela própria assinatura? Nem pelos estatutos em que a própria apenas há três anos também votou?
Se és militante de um partido Politico mas entras em linha de colisão com o partido, com as suas normas de funcionamento e ainda com a sua doutrina, que raio estás a fazer nesse partido Politico?
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