São José Almeida destaca hoje no Público a crise de identidade e a falta de oposição interna que se faz sentir no PS. Manuel Alegre, Medeiros Ferreira, Ana Gomes, António Barreto e André Freire, todos contribuem com argumentos para enriquecer o diagnóstico.
Por um lado, fala-se da crescente desestruturação de que padece a esquerda, não sendo o PS imune a tal facto. Aponta-se também o impulso controleiro do actual Secretário-Geral, que dá pouco espaço a tendências internas. Avança-se ainda com a derrota da primeira geração socialista, de que as últimas presidenciais foram exemplo.
Um dos argumentos mais consistentes é o avançado por André Freire. A actual liderança conseguiu gerir muito bem a oposição interna, integrando-a no “banquete do poder” através de nomeação para cargos diversos.
Mas na interessante peça de São José Almeida parece ficar a faltar o argumento central: o exercício do poder. Tal facto acaba por ser o principal analgésico para curar problemas de oposições internas nos partidos. A actual liderança socialista encontra-se no governo, com maioria absoluta, a cumprir o primeiro mandato e as sondagens continuam a ser-lhe favoráveis. Perante tal cenário, que tipo de oposição interna poderá surgir? Perante tal cenário, qualquer tipo de explicações adicionais assumirão sempre um papel secundário.
Por um lado, fala-se da crescente desestruturação de que padece a esquerda, não sendo o PS imune a tal facto. Aponta-se também o impulso controleiro do actual Secretário-Geral, que dá pouco espaço a tendências internas. Avança-se ainda com a derrota da primeira geração socialista, de que as últimas presidenciais foram exemplo.
Um dos argumentos mais consistentes é o avançado por André Freire. A actual liderança conseguiu gerir muito bem a oposição interna, integrando-a no “banquete do poder” através de nomeação para cargos diversos.
Mas na interessante peça de São José Almeida parece ficar a faltar o argumento central: o exercício do poder. Tal facto acaba por ser o principal analgésico para curar problemas de oposições internas nos partidos. A actual liderança socialista encontra-se no governo, com maioria absoluta, a cumprir o primeiro mandato e as sondagens continuam a ser-lhe favoráveis. Perante tal cenário, que tipo de oposição interna poderá surgir? Perante tal cenário, qualquer tipo de explicações adicionais assumirão sempre um papel secundário.
6 comentários:
"A actual liderança socialista encontra-se no governo, com maioria absoluta, a cumprir o primeiro mandato e as sondagens continuam a ser-lhe favoráveis"
A ver vamos
Já não tenho essa certeza.
A 'opinião pùblica' é mais volátil que a dos fazedores de opinião.
Enquanto o prato estiver cheio, ainda que só de restos, haverá sempre um magote de moscas a pairar.
O prato do lado - o da oposição -, saíu agora da fábrica, por isso ainda se apresenta limpo, imaculado. Não lhes desperta interesse.
Como convencer as moscas de que este novo prato também lhes dará de comer?
....venha o "Fary"
Caro sofárista,
A discussão caseira sobre oposições internas dos partidos retrata fielmente aquilo que Estrabão deixou escrito sobre os portugueses. Se o partido está unido à volta de um lider os media gritam; aqui del rei que o partido é uma carneiragem,o chefe é um ditador,se no partido ninguém se entende os media gritam; aqui del rei que é um saco de gatos, como querem estes índios governar o país se nem se entendem entre eles?
Não há paciência tara tanta opinão política ao nivel do futebolismo.
Se há falta de oposição interna ou não é um facto que como o PM gosta não passa para a comunicação social.Parece-me uma atitude correcta,é escusado os problemas internos servirem de argumento de arremesso na praça pública.Quanto ao prato do lado estar ainda imaculado é que não concordo,Santana Lopes e Menezes não entraram ontem para a politica,a menos que a memória se esteja a reduzir cada vez mais
Tem razão, cara A.silva,
o prato onde, actualmente, come Santana é novo, porque o outro se partiu em mil pedaços ;)
Eu quero ter memória
Grunho: As sondagens continuarão a ser favoráveis ao Governo enquanto os portugueses não desejarem a rotatividade. Enquanto o PSD não obtiver maior popularidade junto do eleitorado. Tal já acontece? Julgo que não, apesar de concordar que o cenário já foi mais sorridente para o actual executivo.
Sobre a volatilidade da opinião pública, tenho algumas dúvidas se será maior do que a dos fazedores de opinião... Uma coisa é desaprovar o Governo, outra coisa é desejar-se a alternativa.
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