Mário Lino anunciou que o Governo apresentará em breve o modelo de privatização da ANA. A TAP não será para já. Mas porquê privatizar a ANA? Está a dar lucros e por isso deve ser privatizada, correcto?
A recentemente decretada nacionalização do BPN relançou o debate sobre as nacionalizações e privatizações. Os contribuintes estarão condenados à “privatização dos lucros e à nacionalização dos prejuízos”? Segundo Mário Lino, claro que sim.
E apesar do anúncio de Mário Lino ser claramente inconveniente no momento actual, não constitui qualquer surpresa. Como é de senso comum, as empresas públicas que dão lucro são privatizadas. A ANA é apenas mais um exemplo. E a TAP só não o é para já porque o momento não é o mais indicado (vulgo, não está a dar lucros suficientemente atractivos para ser privatizada). Eis o paradigma económico predominante nos dias de hoje em todo o seu esplendor…
3 comentários:
tirar dum bolso para por no outro?
duarte sem umtostãonalgibeira
Pois essa parece ser a questão fulcral. Nacionalizam-se os prejuízos para que todos os paguemos. Privatizam-se os lucros para que apenas alguns ganhem.
Portugal no seu pior.
Cumprimentos.
Em bom rigor teórico de gestão
A privatização de uma entidade gestora de aeroportos dá-se devido ao facto dos investimentos futuros serem demasiado faraónicos para serem correctamente suportados por um qualquer estado, tendo em conta as suas demais obrigações.
Tal dá-se devido aos súbitos avanços tecnológicos tanto ao nível de aeronaves como dos próprios aeroportos, que necessitam de um constante investimento.
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