O tom do novo bastionário da Ordem dos Advogados está a incomodar a velha guarda da profissão. Júdice até já o chamou de populista e comparou-o a Chávez. Em vez de se limitar a usar o jargão “populista”, que parece estar tão em voga, Júdice devia perder um pouco de tempo a pensar nas causas de tal fenómeno. Evitavam-se assim alguns disparates…
Ainda em campanha, Marinho Pinto elegeu o combate aos interesses instalados dos grandes grupos da advocacia como uma das suas principais bandeiras. E promete continuar a sua batalha. Tal tem-lhe valido obviamente o desprezo dos grandes da advocacia, com José Miguel Júdice à cabeça. Este não se coibiu de afirmar que o novo bastionário “é um populista como populista foi Mussolini e como populista é Hugo Chávez”.
Independentemente de concordarmos ou não com o tom e prioridades de Marinho Pinto, se calhar Júdice devia não esquecer que os ditos populistas surgem sobretudo por manifesta incompetência dos seus antecessores em responder às aspirações de quem os elege. Surgem por os eleitores considerarem que quem até agora os representou não tem feito mais do que servir interesses estabelecidos. Mas não. No fundo, para quê enfiar o barrete quando se auto-atribui um estatuto de senador iluminado, sendo bem mais fácil partir-se para a acusação gratuita?
Ainda em campanha, Marinho Pinto elegeu o combate aos interesses instalados dos grandes grupos da advocacia como uma das suas principais bandeiras. E promete continuar a sua batalha. Tal tem-lhe valido obviamente o desprezo dos grandes da advocacia, com José Miguel Júdice à cabeça. Este não se coibiu de afirmar que o novo bastionário “é um populista como populista foi Mussolini e como populista é Hugo Chávez”.
Independentemente de concordarmos ou não com o tom e prioridades de Marinho Pinto, se calhar Júdice devia não esquecer que os ditos populistas surgem sobretudo por manifesta incompetência dos seus antecessores em responder às aspirações de quem os elege. Surgem por os eleitores considerarem que quem até agora os representou não tem feito mais do que servir interesses estabelecidos. Mas não. No fundo, para quê enfiar o barrete quando se auto-atribui um estatuto de senador iluminado, sendo bem mais fácil partir-se para a acusação gratuita?
3 comentários:
Caro JRV, boa análise.
Marinho Pinto é um homem de tom indignado, olha de baixo para cima, em lugar de, de cima para baixo. Isso incomóda quem está no alto - tal como o Júdice das "Lágrimas" -.
M. Pinto colecciona ódios de estimação, e quem dele gosta só tem o poder do voto.
Será que o novo bastonário aguentará a pressão dos lobbys e grandes escritórios?
...ou sairá indignado?
Este é um belo post, acho eu... embora muito ajudado pela minha alergia ao ar enfastiado e snob com que Júdice fala e a sua arte para "atracar" ao poder...
post certeiro. Nem mais.
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