sábado, 13 de outubro de 2007

Amor ao Soco ou o Soco do Amor

A entrevista do Monsenhor Luciano Guerra, reitor do Santuário de Fátima à Notícias Sábado (suplemento do Diário de Notícias), constitui um testemunho único sobre a senilidade que paira em algumas franjas da Igreja em Portugal

Ora vejamos o excerto da vergonha (via Arrastão, Cantigueiro e Troll Urbano):

Na sua opinião, uma mulher que é agredida pelo marido deve manter o casamento ou divorciar-se?
Depende do grau de agressão.
O que é isso do grau de agressão?
Há o indivíduo que bate na mulher todas as semanas e há o indivíduo que dá um soco na mulher de três em três anos.
Então reformulo a questão: agressões pontuais justificam um divórcio?
Eu, pelo menos, se estivesse na parte da mulher que tivesse um marido que a amava verdadeiramente no resto do tempo, achava que não. Evidentemente que era um abuso, mas não era um abuso de gravidade suficiente para deixar um homem que a amava.


Não, não é uma montagem… Não é uma alucinação. È um homem com um longa experiência de vida (de sacerdócio, claro) a expor livremente as suas opiniões. É um altissimo responsável eclesiástico que, pelos vistos, não desaprova os “socos do amor”.

No meio de tão grave disparate, só não sei como é que o jornalista resistiu em aprofundar um pouco mais os níveis de gravidade da violência doméstica: Então, e um pontapé semestralmente, seria um abuso com gravidade suficiente, sua eminência? E um golpe nos rins todos os meses? E a boa da chapada de duas em duas semanas, não seria grave, pois não?

4 comentários:

Anónimo disse...

Já vi muita asneira, mas esta ultrapassou todos os limites... Não pode ser demitido?

Anónimo disse...

Será que este senhor está a tentar reflectir a realidade dos conventos e seminários?

Anónimo disse...

ena...

Anónimo disse...

Activismo, obrigado por esta info. Infelizmente não tinha conhecimento deste tipo de desgraças que são ditas pela nossa fantástica ICP (Igreja Comercial Portuguesa). Talvez a este senhor faltem uns socos e pontapés para ele ver como doem!