As sondagens da Universidade Católica e da Marktest não deixam dúvidas. Os níveis de popularidade de Sócrates desceram significativamente. O “mar de rosas” que normalmente acompanha o início de cada novo ciclo governativo parece ter chegado ao fim.
O desgaste associado ao exercício da presidência da UE e o aumento dos níveis de desemprego são apontados como principais factores explicativos. Como não podia deixar de ser, muitos outros factores podem também ser apontados. Trata-se do primeiro sério abalo no apoio eleitoral que sustenta o executivo.
Embora a actual perda popularidade possa ser considerada conjuntural, não deve ser ingnorado o seu carácter estrutural. O governo começa a dar sinais de desgaste em muitos sectores e já não consegue garantir o benefício da dúvida de muitos opinion makers e de largas franjas da opinião pública. Há, portanto, uma mudança de tendência e ss sondagens não enganam a este respeito. A partir de agora, Sócrates terá de, no mínimo, acautelar com um pouco mais de cuidado a sua reeleição.
2 comentários:
É que não podia ser de outra forma. E atenção ao "populismo" de Menezes. Penso que o conhecimento que o eleitorado tem destes assuntos foi sobrevalorizado, quando Menezes foi eleito; poucos sabem quem ganha ou perde os debates mensais no Parlamento; se Menezes faz oposição pela esquerda, ou pela direita; etc. Infelizmente, o que conta mesmo é a altura da campanha. Como diz o Jorge COelho num spot da Quadratura do Círculo "há muita falta de memória".
Nem tudo podem ser mares de rosas. Mas Sócrates ainda dispôe de muito tempo até a sua popularidae colocar em causa o seu governo. Quanto a Menezes, só subirá o que Sócrates permitir.
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