Numa cerimónia que contou com Durão Barroso e José Sócrates, a Comissária Europeia das Regiões, Danuta Hubner, assinou quarta-feira em Lisboa o novo pacote de fundos comunitários para o país. Serão cerca de 20,6 mil milhões de euros para investir até 2013. Será que os merecemos?
Lembro-me perfeitamente de, no dia em que Portugal assegurou o III Quadro Comunitário de apoio (algures em 1999…), ouvir na rádio o primeiro-ministro António Guterres a assegurar que aquele seria o último grande bolo comunitário para Portugal. Havia que o aproveitar bem. Passados 7 anos, apesar da entrada de 12 novos Estados Membros, recebemos orgulhosamente este novo “empurrão” de Bruxelas.
O QREN é um bom plano, anunciando indiscutivelmente aqueles que são os grandes objectivos do país com base num modelo de desenvolvimento consensual na Europa: mais educação, mais investigação e inovação, mais coesão. O problema é que o anterior quadro comunitário de apoio também era bom, e anunciava já as referidas prioridades, embora escritas de ligeiramente maneira diferente.
O que podemos esperar então? Esperemos que politicas e mecanismos mais sérios de investimento das verbas sejam adoptados. Esperemos que a utilização dos fundos seja melhor acompanhada, aferindo-se o impacto dos investimentos realizados (algo que pouco se faz actualmente). No fundo, e paradoxalmente, esperemos que o país seja menos português no gasto de tantos milhões. Será pedir muito?
Lembro-me perfeitamente de, no dia em que Portugal assegurou o III Quadro Comunitário de apoio (algures em 1999…), ouvir na rádio o primeiro-ministro António Guterres a assegurar que aquele seria o último grande bolo comunitário para Portugal. Havia que o aproveitar bem. Passados 7 anos, apesar da entrada de 12 novos Estados Membros, recebemos orgulhosamente este novo “empurrão” de Bruxelas.
O QREN é um bom plano, anunciando indiscutivelmente aqueles que são os grandes objectivos do país com base num modelo de desenvolvimento consensual na Europa: mais educação, mais investigação e inovação, mais coesão. O problema é que o anterior quadro comunitário de apoio também era bom, e anunciava já as referidas prioridades, embora escritas de ligeiramente maneira diferente.
O que podemos esperar então? Esperemos que politicas e mecanismos mais sérios de investimento das verbas sejam adoptados. Esperemos que a utilização dos fundos seja melhor acompanhada, aferindo-se o impacto dos investimentos realizados (algo que pouco se faz actualmente). No fundo, e paradoxalmente, esperemos que o país seja menos português no gasto de tantos milhões. Será pedir muito?
4 comentários:
Isso é que era bom. Já tivemos mil e uma oportunidades para sermos mais inteligentes no gasto de fundos. Já andamos nisso há vinte anos... Porque é que agora seria diferente?
Os milhões que aí vêm poderão ser mais uma oportunidade única (salvo o paradoxo) de Portugal entrar de forma definitiva, segura e sustentada no modelo de desenvolvimento europeu. Hoje existe noção dos erros cometidos, do que são maus investimentos, do que é acessório. O país tem todas as condições para ser diferentes. De outro modo, dará novamnete razão aos apologistas da emancipação da maminha de Bruxelas.
ASC
Caro JVR, quem não se lembra dos Fundos Comunitários entregues á UGT para formação profissional....e os mercedes dos lavradores, com o dinheiro dos tractores!
Começamos a receber fundos, cedo de mais, quando ainda não estavamos preparados.....será que já estamos? Será que já existem mecanismos de contolo e vigilância da aplicação (prática) destes dinheiros?
Temo bem que não!
Oi! Corrrrida final para os possíveis novos ricos fáceis que se queiram formar em PT. Há que roubar bem agora porque depois se calhar há que trabalhar pelo dinheiro. Que chatisse!
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