
Não deixa de ser sintomático que os mercados tenham necessitado desta “grande mãozinha” pública para suprir as suas dificuldades. Milhares de milhões para equilibrar algo que, para alguns, consegue equilibrar-se sem a ajuda de ninguém.
Também não deixa de ser curioso que o optimismo que hoje percorreu os investidores em Lisboa se deva à intervenção pública acima referida. Até os mercados bolsistas, grandes baluartes do sistema neo-liberal, se congratulam com uma mãozinha estatal quando as coisas não estão a correr bem... Sintomático, não?
3 comentários:
Vou dar-lhe um exemplo que vai mostrar como é que a coisa funciona. O JRV tem uma constipação. Tem duas opções: ou espera que a constipação passe, no entanto, vai ter de ficar em casa sem ir trabalhar e com dores; ou vai ao médico, toma um comprimido e no dia a seguir está como novo. É exactamente isso que se tá a passar aqui: houve um vírus (o subprime) que fez o mercado adoecer. Como essa doença do mercado ia afectar imensas pessoas, preferiu-se tomar um comprimidinho (caro, é certo) para que a doença passasse mais depressa. É apenas isto. Não estamos aqui a falar da queda do capitalismo e da ascensão do socialismo.
um abraço,
TMR
Queda do capitalismo e ascenção do socialismo? De todo. A minha posta pretende apenas sublinhar algumas contradições do actual modelo económico.
Como alguém disse, o capitalismo reforça-se com as suas próprias contradições. Surgem sempre alguns comprimidos mais ou menos ortodoxos, mais ou menos caros, que permitem que o show continue.
Abraço
Quer queiramos quer não se não houver uma intervenção de cariz público será o principio da falência da economia de mercado e dos defensores que o mercado se regula por si próprio e mais grave quando esta crise de mercado nos bater á porta (leia-se europa) não estou a ver o BCE intervir como fez a FED para salvar algumas instituições financeiras da banca-rota a ver vamos e como dizia São-Tomé ver para crer
Enviar um comentário