Aproveitando as tristes hesitações do PS nestes domínios, o PSD quer agora mostrar que é um partido aberto. Paulo Mota Pinto sugere que, em última instância, se avance com um referendo nestes domínios.
É sempre interessante ver como algumas personalidades, como o fez o vice-presidente do PSD, abordam esta temática. Começam sempre por afirmar que, pessoalmente, nada têm contra os casamentos de pessoas do mesmo sexo. São uns tolerantes que apenas temem o que o resto do país pensará sobre esta temática. Que conveniente…
O que será preciso para conseguirmos explicar a alguma classe política que os “Direitos, Liberdades e Garantias” não devem ser sujeitos a referendo. Se assim fosse, já agora podíamos referendar a igualdade entre sexos, entre raças ou entre credos, não? Esperemos mesmo que não tenha passado de uma tirada infeliz de um infeliz vice-presidente do PSD… É que já vimos este filme na questão da IVG.
É sempre interessante ver como algumas personalidades, como o fez o vice-presidente do PSD, abordam esta temática. Começam sempre por afirmar que, pessoalmente, nada têm contra os casamentos de pessoas do mesmo sexo. São uns tolerantes que apenas temem o que o resto do país pensará sobre esta temática. Que conveniente…
O que será preciso para conseguirmos explicar a alguma classe política que os “Direitos, Liberdades e Garantias” não devem ser sujeitos a referendo. Se assim fosse, já agora podíamos referendar a igualdade entre sexos, entre raças ou entre credos, não? Esperemos mesmo que não tenha passado de uma tirada infeliz de um infeliz vice-presidente do PSD… É que já vimos este filme na questão da IVG.
11 comentários:
Nem referendo, nem nada. O amigo Sócrates já veio dizer que ou é o que governo/PS quer ou nada feito. Ideias de outros partidos são mal-vindas, mesmo que sendo interessantes. Cretino!
Não que estivesse a dizer que a ideia do referendo é interessante, é quase tão cretina como o Sócrates
Não entendo bem como é que a questão dos homossexuais é um problema de "Direitos liberdades e garantias". E também não entendo porque é que não se fala de outras formas de casamento em que o número de parceiros não fosse 2. Os defensores do casamento de homossexuais têm uma forte tendência para chamar nomes a quem é contra, do tipo são uns reaccionários e atrasadões etc. Apesar disso custa-lhes admitir o que me parece o mais natural: entrarem n machos e m fêmeas e, em cada caso, concretizar-se-iam os números n e m. A lei seria redigida de acordo.
Ou, pelo contrário, se 1 indivíduo de um sexo amar 2 de outro sexo deverá estar frito?
acho que o Anónimo levantou uma questão extremamente pertinente. se pode haver casamento homossexual, por que não haver casamento com mais que uma pessoa?
Penso que nao devia haver direitos iguais para homossexuais e hetero. Que haja uniao de facto e uma coisa, mas que lhe chamem casamento, nem pensar! Que se lixem o que pensam os protectores dos direitos iguais, o casamento foi instituido para pessoas de sexo diferente se unirem (nao vou tao longe como a Manela, que o casamento so serve a procriaçao).
Bem, nao querendo passar a ideia que sou retrogado, acho tambem que devia haver um nome para a uniao homossexual, mas nunca chamar-lhe casamento.
Também acho que a palavra "casamento" tem um significado consagrado pelo uso de séculos que não interessa alterar. Por uma questão de rigor (coisa de que os portugueses não gostam muito), coisas diferentes devem ter nomes diferentes. Há línguas em que o neto filho do filho tem uma designação diferente do que é filho da filha.
Talvez "contrato de vida em comum" pudesse ser uma boa ideia para a junção de n machos e m fêmeas.
Os convites poderiam ser assim
"Os Senhores A, B e C e as Senhoras D, F, G, H e I convidam-no para a cerimónia que se realiza no dia tal em que celebram o contrato de vida em comum".
A legislação teria de ser cuidadosa nomeadamente no que repeita à actividade sexual, não devendo intrometer-se demais mas não deixando demais em claro. Idem para as atribuições de paternidade e maternidade. Casamento seria para o caso de n=m=1 embora neste caso também se pudesse usar contrato de vida em comum.
Cá por mim, se os homossexuais desejarem uma forma de reconhecimento por parte do Estado da sua condição de casal; tudo bem, nada tenho a opor. Quanto á designação que deve tomar, tanto me faz.
Já no que diz respeito á possibilidade de casais homossexuais (dois homens, ou duas mulheres) poderem adoptar crianças; sou contra.
Não me parece sensato que, antes de estudos ciêntificos, conclusivos e imparciais, demonstrarem que a homossexualidade é fruto da genética e não de um processo educativo, seja entregue uma criança a um desses casais.
É porque nesta questão da adopção, não está já em causa o Direito de uma pessoa se assumir sexualmente de maneira livre, mas antes o Direito de cada uma das crianças que aguarda por uma família.
Anonimo 1: Artigo 13º da CRP, n.º 2: "Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de
qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções
políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual."
Relativamente ao reconhecimento de do casamento poligâmico, não tenho ideia que esta questão se coloque de forma evidente em Portugal. Mas se sim, porque não discuti-la também? Mas, claro, uma coisa de cada vez.
Tiago Moreira Ramalho: Respondi acima. Porque não?
Anónimo 2: Sinceramente não percebo esse apego à palavra "casamento": "Direitos iguais sim, mas chamar casamento nem pensar, que horror."
Pode sempre responder-me que existe também um apego obstinado à palavra "casamento"
por parte dos defensores do casamento homossexual. Se assim for, respondo-lhe que o meu apego não é à palavra "casamento" em si, mas sim à questão da igualdade. Se se chama casamento para uns, porque não para os outros? Se se chamasse "forca" para uns, defenderia que se chamasse "forca" para os outros.
Anónimo 3: Para quê estar a inventar nomes? Para sermos rigorosos? Há anos atrás decidiu-se, contra o uso consagrado há séculos, que pessoas de raças diferentes deviam ser igualmente chamadas de cidadãos. Certamente que então existiram algumas mentes que defenderam que era chato que assim fosse. Certamente propuseram alternativas como "cidadados" ou "cidadonetes". A história veio mostrar que não faria sentido.
Pedro Lopes: Quanto à questão da adopção, coloco-a um pouco ao contrário. Enquanto não existirem estudos cientificos que comprovem que pais homossexuais são piores do que pais heterossexuais, porque não? Aliás, porque deve a orientação sexual ser um critério para a adopção? Porque se considera que a orientação homossexual é uma doença ou um desvio comportamental que pode influenciar negativamente uma criança, é isso?
Nota final: quando escrevo sobre esta questão, surge sempre uma quantidade anómala de comentários anónimos... Ao menos podiam escrever com pseudónimos, não? Parecendo que não, facilitava.
Por acaso já existem estudos científicos que comprovam que não importa que os pais sejam do mesmo sexo (homens ou mulheres). O que interessa é a estabilidade do casal e a qualidade do tempo que os pais dedicam aos filhos. A única diferença assinalável foi que as crianças criadas em casais do mesmo sexo são mais tolerantes à diferença.
E respondendo ao Tiago Moreira, porque não uniões de 3 pessoas? Sim, porque não? Quem sou eu para dizer dizer a outras pessoas que levam uma vida social responsável, a forma como devem viver a sua vida familiar e privada.
Também não acho que seja necessária a palavra casamento. Essa palavra é religiosa e designa a união entre um homeme e uma mulher. Faça-se como em Espanha onde casamento foi substituído por matrimónio e marido e mulher por cônjuges.
Caro JRV,
percebo o seu ponto de vista, mas neste campo - quando falamos de crianças -, eu coloco todos os Direitos do lado da criança, e não me parece sensato fazer estudos sobre uma coisa (adopção de uma criança por um casal homossexual) que a Lei não prevê.
Onde estariam os casais que reuniriam tais critérios?
Somente conheço casos em que um dos membros do casal seja pai/mãe biológica dessa criança.
Os defensores dessa possibilidade (adopção por casal homossexual), poderão rebater com o argumento de que; "mais vale uma criança ser educada por um casal homossexual, do que estar anos a fio numa Instituição à espera de uma familia (tradicional) que tarda em aparecer." Ou ainda - como refeiru o "Silvestre" -, estas crianças poderem ser mais tolerantes com a diferença. Seguramente um ponto a favor.
Neste caso respondo que se poderiam abrir excepções para crianças com mais de 12 anos (idade em que a Lei já permite a audição de uma crinaça), desde que devidamente preparadas para integrar uma familia em que ambos os cônjuges sejam do mesmo sexo.
Este é um tema que merece, seguramente, mais atenção e debate do que propriamente a designação que pode, ou não, assumir, uma união entre duas pessoas do mesmo sexo.
O casamento homossexual vai afetar a nossas famílias. Os fatos demonstram que tudo muda quando o casamento homossexual é legal. Se é legalizado, deve ser ensinado como normal, aceitável e moral, em cada escola pública.
Nas primeiras escolas públicas, inclusive em Infantil, devem ensinar a seus filhos a aceitar que o casamento homossexual é mais uma opção moral. E isto confunde as crianças. Isso já aconteceu em Massachusetts
O testimônio da família Parker comoveu a sociedade americana donde todos os referendos ratificam que o casamento é algo entre homem e mulher: “Solicitamos à escola que nos avisassem quando fossem tratar esses temas para termos a opção de que nosso filho não assistisse a este doutrinamento. Os professores, ao negar a opção de eximir ao nosso filho de assistir essas aulas estavam imiscuindo-se em nosso direito a formá-lo.”
Parker foi a juízo e perdeu. A sentença deu razão ao Estado. Ao ser legal o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, grupos gay poderiam impartir oficinas de sexualidade a crianças de 5 anos sem permissão dos pais.
Você pode ver neste vídeo: http://es.youtube.com/watch?v=CGPUeeAphEE
Recomendo também esta a outro vídeo que também legendados em português, que explica que uma criança também é uma dádiva: http://es.youtube.com/watch?v=pJtlrYmZe6Y
Santiago Chiva, Granada, Espanha
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