Na passada sexta-feira, esse grande jornal de referência que é o Correio da Manhã noticiou que existia um gangue de criminosos, provenientes das favelas brasileiras, que andava a semear o terror em Setúbal. Um horror... Ou talvez não...
Os telejornais desse dia não perderam tempo, mostrando imagens de um video existente no You Tube, relacionando o suposto gang com um assalto violento praticado por um dos seus membros em Setúbal. O primeiro Comando de Portugal (nome do gangue), era um clone do Primeiro Comando da Capital, grupo criminoso de S. Paulo que possui um vasto currículo de violência no Brasil. A própria Judiciária ajudou à festa, intrigando tudo e todos ao não negar que existia uma investivação em curso.
Ontem e hoje, a RTP passou uma entrevista ao fundador do suposto grupo de violentos criminosos das favelas que moram em Setúbal. Este sublinha que tudo não passou de um terrível mal entendido. Uma brincadeira de um grupo de amigos brasileitos que, de forma mais ou menos feliz, decidiu colocar o referido video online. Tal corrobora o que o embaixador brasileiro em Portugal e a Casa do Brasil já haviam alertado: certamente um mal-entendido fruto de uma brincadeira.
Mais uma vez, a comunicação social conseguiu dar uma preciosa ajudinha para que a onda de insegurança (que alguns teimam existir) seja atribuida aos malvados imigrantes. Depois de se ter lançado o pânico na sexta-feira, o desmentido quase não tem destaque na imprensa de hoje... E assim acontece, como diria Carlos Pinto Coelho.
Os telejornais desse dia não perderam tempo, mostrando imagens de um video existente no You Tube, relacionando o suposto gang com um assalto violento praticado por um dos seus membros em Setúbal. O primeiro Comando de Portugal (nome do gangue), era um clone do Primeiro Comando da Capital, grupo criminoso de S. Paulo que possui um vasto currículo de violência no Brasil. A própria Judiciária ajudou à festa, intrigando tudo e todos ao não negar que existia uma investivação em curso.
Ontem e hoje, a RTP passou uma entrevista ao fundador do suposto grupo de violentos criminosos das favelas que moram em Setúbal. Este sublinha que tudo não passou de um terrível mal entendido. Uma brincadeira de um grupo de amigos brasileitos que, de forma mais ou menos feliz, decidiu colocar o referido video online. Tal corrobora o que o embaixador brasileiro em Portugal e a Casa do Brasil já haviam alertado: certamente um mal-entendido fruto de uma brincadeira.
Mais uma vez, a comunicação social conseguiu dar uma preciosa ajudinha para que a onda de insegurança (que alguns teimam existir) seja atribuida aos malvados imigrantes. Depois de se ter lançado o pânico na sexta-feira, o desmentido quase não tem destaque na imprensa de hoje... E assim acontece, como diria Carlos Pinto Coelho.
3 comentários:
Não quero, nem posso, dizer que esse rapaz que colocou o vídeo tem algo que ver com algum crime que tenha sido praticado em Portugal. Agora, acho que também não se pode colocar completamente de parte apenas porque um tipo dá uma entrevista - onde não dá a cara - a dizer que não foi ele. Por um lado temos um jornal - que não é propriamente uma referência - e a Judiciária a não negar, por outro temos esta entrevista e o Embaixador a fazer aquilo que deve fazer. Dificilmente se pode chegar a uma conclusão, muito menos dizer que está tudo explicado e que não passou de uma brincadeira.
Totalmente de acordo. Também não acho, nem poderia achar, que a entrevista matou a questão. Apenas sublinho que na sexta-feira a noticia teve o maior destaque, com todos os soundbytes a que já estamos habituados. Hoje, pelo contrário, poucos parecem estar preocupados em esclarecer minimamente a história.
Como é de senso comum, noticiar uma bomba garante tiragens. Esclarecer que, se calhar, não era uma bomba, dá trabalho, é pouco interessante e vende pouco.
Nesse aspecto, tem toda a razão; não vende, por isso não vale a pena dar a notícia. Só mesmo se a vida de alguma pessoa fosse completamente despedaçada, devido à falta suspeita, é que valeria a pena.
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